quinta-feira, setembro 05, 2019

Cidade [poema 227]

Há uma cidade no futuro, em frente
Que cresce de repente,
aberto o muro

Dentro de nós

Há uma cidade no futuro,
Adornada com milhares de flores
Pintada com imensas cores
Uma habitação desabitada
Em rumores
Calada

Ouço cá dentro a sua voz

Há sempre
Uma cidade em frente

6 comentários:

Anónimo disse...

As lágrimas são as últimas palavras quando o coração perde a voz. Dentro, fora perto ou longe da cidade. I... imaginaria. Que corra sempre bons ventos para alcançar bons tempos.

Ailime disse...

Boa tarde Sr. Padre,
Um poema belo e profundo!
"Há uma cidade, no futuro, em frente", que a fé e a esperança nos ajudarão a alcançar.
Bom fim de semana.
Ailime

Anónimo disse...

Aldeolas e Afins

Tenho ideia das casas de pedra escura
Da paisagem escura, bréu, onde o musgo impera
Em cada quadrado tipo, tenho ideia de uma casa
De pedra negra depois caiada
Do pão, do seu cheiro, do pão negro, pão pedra
Do tabuleiro onde poisava cada casa encimada
Nela não vivia a aldeola, havia mundo em cada
Pedra,
Por ser negra, por ser caiada

Anónimo disse...

...somos instantes...

Paulina Ramos disse...

Também eu ouço a sua voz que chama pó mim, é isso que faz de mim "aquela que não pode deixar de caminhar", tropesso, caio, quando não consigo caminhar levantada, rastejo, mas não posso ficar parada.
Adorei este poema, vou partilhar!
Obrigada

Anónimo disse...

"Tempus vultus tras" - Opus 5 5 3 A