Vieram do céu, em magotes, anjos sem véu
gotas de chuva dourada, estrelas candentes
cheias de céu
Vieram renascer, aqui pernoitar, no mundo
Nos seus mil braços, em mil e um pedaços
Chegaram, viveram, moraram
Sofreram, no mundo acordaram
pernoitaram
Na morte adormeceram
Subiram, voaram e para o céu voltaram
Como anjos caídos
do Céu
6 comentários:
Forte.
Muito bem.
Muito bonito e delicado. Devo confessar-lhe uma vez mais que tudo o que tenha algo de seráfico me emociona, como é o caso. Perante o que li, foi-me impossível conter a verve. Permita que me expresse, com o pulso ainda dorido, nesta minha maneira modesta, peculiar e tão pura e sincera, mas é o que eu sou.
Pode não ter muita qualidade poética mas, pelo menos, é cem por cento original, é português é nosso é «made in Portugal», só isso conta muito. Com os olhos postos no chão gostaria que me desse opinião sua sobre a minha veia poética, caso me ache merecedora. Uma coisa entre colegas.
Aqui está ele:
ASSI CANTAVA
Eis a mim, vil e colérico Senhor
Despois que a corporal necessidade
Co restante transpira de tão digna memória
E com força e saber me transporta
Por basiliscos, medronhos e felices soberanos
Até que, nas piores situações
Preces fervorosas satisfazem de mantimento nobre
E harmónicas trindades se esvaziam
Dos seus preciosos orbes
Neste centro pousados
Como melindrosos insectos ferrenhos
Oh vida! Oh tormenta! Oh infortúnio!
Porque abraçaste minha violenta vida de fogo
Trabucos feros, taimancos amendoados
Um deles de alta prata e de torção o pé quinado
Vários gestos salvíficos, Luís, meu filho, Fernando
Meu irmão, Infantes desta minha Nação
Vencei os ventos e as mais altas tormentas
Teta de graça ornada e gravidade
Pera o Vasco ter morrido
Mas para todo o tampo
Não anjo caído
Sempre monumento erguido ao mar
Frente à saudade!
PS - Peço desculpa por eventuais mistakes, mas a minha língua nativa é o alemão, país onde nasci. Ainda não perdi a esperança de vir a dominar o português. Não visitava a nação há muitos, muitos anos e foi com prazer que verifique que o Tejo está praticamente igual ao que sempre fora. Continua um belo rio.
Obrigada por este cantinho.Se me pudesse facultar o número de telemóvel agradecia, tenho muito a aprender com este grande poeta, sobretudo na parte do negócio. Mil e um obrigadas. Beijinho.
Fantástico!
05 abril, 2019 19:33
Tinha, na verdade, alguns mistakes. Mas Deus tudo perdoa...lol
Mais um magnífico poema!
Triste, delicado, intenso tal como a vida o é.
No final a esperança de regressar ao lar, o "ventre" dos anjos caídos do céu.
Gostei muito mais do que as palavras possam expressar.
O livro já se vislumbra ou ainda não surgiu o momento apropriado?
Espero que te lembres de mim quando o momento chegar.
Paulina
o livro vai-se escrevendo, e esperando que um dia alguém se lembre de o publicar!!! hehehehe
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