Um colega português descobriu que a sua igreja paroquial, afinal, é um ginásio de pokémons, e já fez um cartaz a convidar para visitarem o treinador que lá está dentro, o verdadeiro treinador da vida, Cristo. Não sei se aplauda a ideia, mas ela aí está.
O exército livre sírio lançou uma campanha, apelando para o resgate das crianças em zona de conflito, com o slogan “Há muitos pokémons na Síria, vem salvar-me”. Não sei se aplauda a ideia, mas ela aí está.
Junto à Igreja paroquial da minha comunidade maior as noites têm sido animadas com jovens que, de carro ou a pé, andam com telemóvel na mão à procura dos pokémons.
Confesso que há uns dias atrás não sabia o que era isso dos pokémons. Nem agora sei ao certo. O que sei é que milhares e milhares de pessoas em todo o mundo descarregaram para o telemóvel essa aplicação, esse jogo, e agora, de forma um pouco obcecada, andam em busca de pokémons a toda a hora.
Estava aqui a lembrar-me, e é só uma ideia: se há gente no mundo com capacidade criativa para suscitar o desejo de encontrar um boneco num jogo, não haveria na Igreja a mesma capacidade, criatividade ou entusiasmo para que do mesmo modo milhares de pessoas desejassem encontrar-se com Cristo?
Não. Não quero que se invente ou fabrique um jogo, pois aqui o que está em jogo é a própria vida. Também não quero confundir Jesus com algo tão efémero como um Pokémon. Nem a Igreja com um jogo para brincar às apanhadas. Não quero que o anúncio de Cristo se confunda com uma brincadeira. Contudo, num mundo tão “líquido”, tão “light”, tão “de modas”, gostava tanto que Jesus fosse procurado como são procurados hoje os pokémons!
3 comentários:
Triste ver tanta gente a perder tempo com futilidades... Esta loucura é bem o reflexo da sociedade em que vivemos!...
realmente demonstra bem a sociedade efémera em que vivemos!
Os valores humanos e espirituais estão cada vez distantes das pessoas. Isso é mesmo de entristecer, agora imagine como triste fica o Cristo diante deste aparato, até os costumes de certas igrejas já se varreram, estão dizendo que é a modernidade. Poucos sobrarão, mas sabemos que quantidade é diferente e tem peso na qualidade.
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