segunda-feira, julho 13, 2015

o final do dia [poema 64]

Estarei muito melhor ao final do dia e da poda
Darei uvas e manjares como o nascer do dia
Serei novo céu e um pássaro que voa sem asas
Abrir-se-ão todas as portadas e as casas e as paredes
E as mãos calejadas, nas fotografias a preto e branco
E as flores mais estrelas sorrirão a todas as cores
Passem o filme da minha vida, pagarei o bilhete
Com gosto ao final do dia e da poda serei outro

3 comentários:

Unknown disse...

Todos nós em determinada altura do ano, ou da vida, precisamos de uma poda... quanto mais não seja através da confissão!
Uii!! Difícil!! Muito difícil reconhecer perante outro pecador como eu, que eu também erro!! Sim, Deus sabe tudo, sabe que pecamos, mas a verdade é que só podemos ser podados quando confessamos, quando verbalizamos que erramos. Aí dá-nos consciência do que realmente fizemos, de quão (ou não) arrependidos estamos e da misericórdia que Ele tem para connosco ao nos perdoar uma e outra vez.
Depois sim, somos capazes de voar sem asas (como refere no poema) e de ver todas as pequenas coisas que nos passaram ao lado... e sorrir.

Anónimo disse...

É no final do dia que voamos sem asas...
Que pena que não possamos fazê-lo sempre que nos apetecer...

Anónimo disse...

"estarei muito melhor no final do dia e da poda"
é verdade, de vez em quando precisamos de fazer uma poda na nossa vida, nos nossos dias, pois tal como nas plantas, também serve para nos renovarmos, principalmente interiormente.
Muito bem. Bjs