terça-feira, julho 07, 2015

Chuva [poema 63]

Chove a cântaros que as mulheres trazem à cabeça
Vêm da fonte os cântaros com melodias de embalar
A fonte chove todos os dias para encanto das mulheres
Que vão à fonte buscar a sede que a vida tem
Passo por entre a chuva que ela molha-me o rosto
Entra no coração para lhe regar os vasos de sangue
Há chuva todos os dias mesmo quando não a quero
A fonte nunca seca, mesmo quando não chove

3 comentários:

Anónimo disse...

" vão à fonte buscar a sede que a vida tem "
Também eu fui à fonte buscar a sede para a vida.
A vida nunca se sacia.
O cântaro de barro fino e frágil quebrou, desfez-se em mil pedaços, pedaços que se transformaram em pó.
Veio o vento espalhou e espalhou o pó, acentua a sede que a chuva não acalma.

Anónimo disse...

Um cântaro quebrado, um pó fino que o vento espalhou.
Sei apenas que não sei para onde o vento me levou.
Mergulho o rosto neste imenso oceano azul que se estende para lá do horizonte, e bebo... tem um intenso sabor a sal... intensifica a sede, intensifica o sentir sem dar forma à forma que se quebrou.

Intenso o teu poema, intenso o meu sentir.

Anónimo disse...

esta chuva é...