sexta-feira, setembro 20, 2013

As três formas de lidar com ela, a morte

A morte batera-lhe à porta, prematura, por entre um cancro. Não chegara ainda aos quarenta anos e deixara uma esposa com uma barriga do tamanho de uma criança. O tamanho de uma vida por outra. A vida que passa por nós e nos afronta quando deixa de passar.
A esposa e a barriga encontravam-se ao ombro de um padre amigo que não eu. De pouco serviriam as palavras, que nestes momentos só ouvimos a saudade. Porém, voltado o seu rosto para o lado onde me encontrou, sorri e disse-lhe. Perante a morte, temos três formas de lhe espreitar a porta.
Ou deixamos que a revolta se apodere de nós, azedando aquilo que é a beleza da nossa vida que permanece. Ou usamos de indiferença, como se nada tivesse acontecido, apagando da memória tudo o que a beleza da vida que parte e a beleza da vida que permanece nos trouxe, tornando-nos sombra da nossa própria vida. Ou encaramos a força do caminho de rosto descoberto, com a naturalidade que brota da fé, e que nos faz viver ainda mais a beleza desta vida que passa e desta vida que permanece.
A esposa abriu os olhos e esboçou uma lágrima. Logo vi que, mais que para ela, estava a falar para mim. E apanhei-lhe a lágrima com o dedo, como se fosse a única palavra que ela me conseguia responder.

Escrevi este texto por uma situação de há uns meses, mas hoje partilho-a, juntamente com uma pequenina lágrima, para a oferecer a uma outra família amiga que, hoje mesmo,  de novo nas minhas paróquias, está a passar por provação idêntica.

24 comentários:

Anónimo disse...

Para aliviar o ambiente, aqui vai o que o seu post me sugeriu...

A morte...

Se eu tivesse de pintar a morte,
Pintava-a como uma nora.

Cheia de canecos,
Em cadeia,
Que enche e despeja...
Rola...que rola...

Rega de vida,
Morre e renasce...

Pelo caminho,
Canta que canta...
E chora que chora.

Lágrimas contadas,
Que nunca se acabam.
Todas guardadas.
Nem uma se perde.

Sorriem de verde,
Na frescura dum campo.

Na seara de pão
Que consola e que enche,
De vida e de paz,
Até à hora da morte
E da vida que nasce.

...21 de Setembro de 2013
11h41m

Unknown disse...

Padre, acho que a situação da morte de um parente próximo e, em
especial de um caso como o que relatas, acaba por nos levar sucessivamente pelos caminhos que apontas mas, para chegarmos ao último que nos poderá proporcionar uma vivência menos desanimadora, é necessária uma grande força interior. Nem sempre esta será conseguida facilmente se não houver
ombro(s)amigo(s) que ajude a superar o desmoronar de uma vida e a responsabilidade nascente e solitária de uma outra.
Vivi uma situação semelhante, mas não tão intensa, pois o meu filho tinha 14 anos mas seguiram-se anos assaz difíceis perante a fase da adolescência.
Um abraço
Ruth

Bartolomeu disse...

Bom, padre, quase sempre, aceitar, passa por conseguir compreender. E muitas vezes, consegue-se compreender, escutando a palavra de quem compreende aquilo que se sente e no-lo diz de uma forma natural e capaz de nos inspirar a confiança e força necessárias para continuar o caminho que nos está destinado.
Dizia o filosofo: se me sinto perdido, paro. Então, oiço uma voz interior que me diz: se paras, estás perdido!
Para que essa voz interior soe dentro de nós, faz falta escutar também uma voz exterior, séria e segura na qual seja possível confiar.
;)

Idalina disse...

Por esperiência própria, acho que se vivem as três situações. Passa-se pela primeira e pela segunda, não necessáriamente por essa ordem, e consegue-se a paz quando se chega à terceira. E não é fácil...

Anónimo disse...

Difícil. Só não sofre quem não ama.

Anónimo disse...

Boa tarde!
Não tenho a certeza se serão apenas três as formas de lidar com a morte... atrevo-me a dizer que existem tantas formas, como as que cada um quiser ou puder decifrar.
Permita-me deixar aqui um texto que me tem, acompanhado ultimamente e terá algo a ver com esta sua mensagem.
Se a considerar demasiado extensa está à vontade para não a publicar.
Como é que se Esquece Alguém que se Ama?
Como é que se esquece alguém que se ama?
Como é que se esquece alguém que nos faz falta e que nos custa mais lembrar que viver?
Quando alguém se vai embora de repente como é que se faz para ficar?
Quando alguém morre, quando alguém se separa - como é que se faz quando a pessoa de quem se precisa já lá não está?
As pessoas têm de morrer; os amores de acabar.
As pessoas têm de partir, os sítios têm de ficar longe uns dos outros, os tempos têm de mudar Sim, mas como se faz?
Como se esquece?
Devagar.
É preciso esquecer devagar.
Se uma pessoa tenta esquecer-se de repente, a outra pode ficar-lhe para sempre.
Podem pôr-se processos e acções de despejo a quem se tem no coração, fazer os maiores escarcéus, entrar nas maiores peixeiradas, mas não se podem despejar de repente.
Elas não saem de lá.
Estúpidas!
É preciso aguentar.
Já ninguém está para isso, mas é preciso aguentar.
A primeira parte de qualquer cura é aceitar-se que se está doente.
É preciso paciência.
O pior é que vivemos tempos imediatos em que já ninguém aguenta nada.
Ninguém aguenta a dor.
De cabeça ou do coração.
Ninguém aguenta estar triste.
Ninguém aguenta estar sozinho.
Tomam-se conselhos e comprimidos.
Procuram-se escapes e alternativas.
Mas a tristeza só há-de passar entristecendo-se.
Não se pode esquecer alguem antes de terminar de lembrá-lo.
Quem procura evitar o luto, prolonga-o no tempo e desonra-o na alma.
A saudade é uma dor que pode passar depois de devidamente doída, devidamente honrada.
É uma dor que é preciso aceitar, primeiro, aceitar.
É preciso aceitar esta mágoa esta moinha, que nos despedaça o coração e que nos mói mesmo e que nos dá cabo do juízo.
É preciso aceitar o amor e a morte, a separação e a tristeza, a falta de lógica, a falta de justiça, a falta de solução.
Quantos problemas do mundo seriam menos pesados se tivessem apenas o peso que têm em si , isto é, se os livrássemos da carga que lhes damos, aceitando que não têm solução.
Não adianta fugir com o rabo à seringa.
Muitas vezes nem há seringa.
Nem injecção.
Nem remédio.
Nem conhecimento certo da doença de que se padece.
Muitas vezes só existe a agulha.
Dizem-nos, para esquecer, para ocupar a cabeça, para trabalhar mais, para distrair a vista, para nos divertirmos mais, mas quanto mais conseguimos fugir, mais temos mais tarde de enfrentar.
Fica tudo à nossa espera.
Acumula-se-nos tudo na alma, fica tudo desarrumado.
O esquecimento não tem arte.
Os momentos de esquecimento, conseguidos com grande custo, com comprimidos e amigos e livros e copos, pagam-se depois em condoídas lembranças a dobrar.
Para esquecer é preciso deixar correr o coração, de lembrança em lembrança, na esperança de ele se cansar.
Miguel Esteves Cardoso, in 'Último Volume'

PR

Confessionário disse...

PR, com toda a amabilidade e humildade, gostava de ouvir mais algumas formas de lidar com a morte (talvez me podesse ser util em novas homilias...), como sugeres...

Teresa disse...

Adorei o seu comentário PR...

Acho que as pessoas que amamos e perdemos, nunca se esquecem...
Apenas o sofrimento da perda ameniza com o tempo.

É difícil lidar com a morte e com a perda, mas no fundo se temos fé e acreditamos verdadeiramente, que existe algo mais, para além desta vida, então aceitamos mais facilmente a partida, porque sabemos que essa pessoa está melhor do que nós, sem sofrimento e em paz...

bjs

Teresa disse...

Mas já agora e aquelas pessoas, que atravessam neste momento doenças incuráveis, como será que encaram a partida?
Como acalmar e aceitar o fim, sem sentir medo do que se espera do outro lado?

Como lidam as próprias pessoas que sabem o que lhes espera, com a sua própria morte?
Como não sentir medo do desconhecido?
No fundo todos falamos nela (morte)e dizemos que não temos medo dela, mas sim do sofrimento, mas a verdade, dizemos isso porque não temos consciência real dela, até que nos bate à porta, como sendo uma possibilidade bem real...
bjs

Anónimo disse...

"com toda a amabilidade e humildade,"
Desculpe a frontalidade, mas soou-me a desafio do tipo "ora vamos lá a ver se sabes do que estás a falar" e porque o senti desta forma já não me sinto à vontade para relatar descrever os diversos "estados" pelos quais se passa, muitas vezes atropelando-se uns aos outros.
Falando de uma forma "filosófica" não sei bem se se pode aplicar o termo digo-lhe que em todas as formas temos que morrer lentamente, temos que ir-nos ou deixar-nos ir, com quem parte fisicamente, acreditando, ou fazendo os possíveis por acreditar, que é lá no túmulo escuro e frio que o milagre há-de acontecer.
PR

Confessionário disse...

exactamente para evitar isso é que fiz referencia à amabilidade e humildade... mas pelos vistos, foi pior a emenda que o soneto. O objectivo foi mesmo fazer-se mais luz... Agradecia do fundo do coração! Sabes que me preocupam imenso as homilias dos funerais!

Anónimo disse...

Para tudo há uma ocasião certa;
há um tempo certo para cada propósito
debaixo do céu: Tempo de nascer e tempo de morrer,
tempo de plantar
e tempo de arrancar o que se plantou, tempo de matar e tempo de curar,
tempo de derrubar e tempo de construir, tempo de chorar e tempo de rir,
tempo de chorar e tempo de dançar, tempo de espalhar pedras
e tempo de ajuntá-las,
tempo de abraçar e tempo de se conter, tempo de procurar e tempo de desistir,
tempo de guardar
e tempo de jogar fora, tempo de rasgar e tempo de costurar,
tempo de calar e tempo de falar, tempo de amar e tempo de odiar,
tempo de lutar e tempo de viver em paz.
Eclesiastes 3:1-8
Irmãos, não queremos que vocês sejam ignorantes quanto aos que dormem, para que não se entristeçam como os outros que não têm esperança. Se cremos que Jesus morreu e ressurgiu, cremos também que Deus trará, mediante Jesus e com ele, aqueles que nele dormiram.
1 Tessalonicenses 4:13-14
Não é a morte que o veio buscar, é Deus …
"Onde está, ó morte,
a sua vitória?
Onde está, ó morte,
o seu aguilhão?" O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a Lei. Mas graças a Deus, que nos dá a vitória por meio de nosso Senhor Jesus Cristo.
1 Coríntios 15:55-57
O coração do sábio
está na casa onde há luto,
mas o do tolo, na casa da alegria.
Eclesiastes 7:4
Mesmo quando eu andar
por um vale de trevas e morte,
não temerei perigo algum, pois tu estás comigo;
a tua vara e o teu cajado me protegem.
Salmos 23:4

Anónimo disse...

Bom dia!
"...foi pior a emenda que o soneto. ...", não não foi.
Fez-me pensar que algumas vezes as coisas podem soar aos nossos ouvidos mais de acordo com o que carregamos dentro de nós do que com o que o outro realmente nos queria transmitir.
Peço desculpa se o interpretei mal.
Hoje não será um bom dia para lhe dizer muita coisa.
É daqueles dias em que a ausência dói tanto que de pensar surge o vómito(literalmente), e não há muita dignidade neste estado.
No entanto posso dizer-lhe que por volta das seis da manhã desci as escadas para apanhar o pão, chovia fiz questão de parar e ficar alguns minutos de cara erguida para o céu, a chuva misturou-se com as lágrimas pois senti que eram gotas de amor que estavam a chegar até mim...
Agora acho que aquele instante serviu também para eu apanhar uma constipação.
Fique bem!
PR

Anónimo disse...

"http://www.dnoticias.pt/actualidade/madeira/408206-faleceu-rubina-barros"

Mauro Pereira da Silva disse...

Excelente texto, gostei muito.
Abraço cordial.

Anónimo disse...

Na fria morgue olho o corpo sem vida.
Está gelado com uma cor "arroxeada", pego na mão e está rígida.
Os olhos fechados para avida já não têm cor.
E fico ali, parada a interiorizar as evidências, alguém pega na minha mão e sem virar a cabeça ainda hoje não sei quem foi, digo-lhe para me deixarem a sós por alguns minutos.
Afastam-se sem nada dizer.
Sinto gritos histéricos... dando a conhecer ao mundo um sentimento inexistente, ou então tentando atrair as atenções.
Ouço também uns soluçar dorido. Soa-me como se fosse um grito que se me entranha sem pedir licença, é a dor a penetrar todo o meus ser.
Sinto ainda uma onda de "energia" que me transporta a outra "dimensão". Um lugar onde se respira paz, curioso nunca pensei que a paz se pudesse respirar... Não há luz brilhante, nem "espíritos" a circular existe apenas uma "identidade" que não se vê, uma plenitude não palpável.
Não sei onde estou mas pouco importa, sinto-me uma só com tudo o que me rodeia, vejo tudo bom e mau, nada me surpreende e nada julgo... Amo tudo por igual.
Ups! mas o que é isto? Sinto que que estou a ficar comprimida apertada, cá está a tal falta de ar, a tal opressão no peito a tal dor... Tento abrir os olhos mas não me apetece, não estou confortável e quero voltar para onde estava... de repente tudo ficou escuro... e continuo a sentir-me desconfortável em agonia.
Então uma força maior imperativa abre-me os olhos e faz disparar o coração que bate desordenadamente.
O chão é gelado há uma luz branca sobre a minha cabeça, há também um rosto com ar preocupado mas com um terno sorriso nos lábios, detenho os olhos nos contornos do sorriso, aquela boca é-me familiar.
Não fecho os olhos, é reconfortante olhar aquele rosto, quase esqueço o desconforto em que me encontro.
O rosto interroga-me sem palavras, ouço a minha voz que pede um copo de água fresca... sem açúcar por favor...
Novamente estou de pé e choro baixinho... desta vez com uma diferença pois acho que choro, não pela pessoa amada mas por mim.
PR

Unknown disse...

Extraordinários os textos postados pela PR. Entende-os, na sua plenitude, quem passa por um momento destes na vida. A dor que nos leva à loucura e a fé que nos leva ao apaziguamento. Dois estados que podem alternar em espaços de tempo muito curtos. A verdade é que não parte apenas quem se ama. Quem fica, fica pela metade e vê uma parte si "morrer". A capacidade de reconstrução, que assiste ao ser humano, e que no meu caso se baseou no amor a quem partiu, no amor próprio e no amor aos outros, é um verdadeiro milagre de Deus. Um encontro com Ele aliás, de Quem nunca me desencontrei nem nos maiores momentos de loucura. Facto que até hoje me surpreende e me chega a assustar. É esperado que alguém que viva um momento destes inicialmente se revolte...

Anónimo disse...

"A capacidade de reconstrução, que assiste ao ser humano," "até hoje me surpreende e me chega a assustar."
Também a mim me assusta este estado.
E sinto-me qual Fénix, enquanto cinza, e aquela outra que sendo a mesma se há-de trarnsformar pelo renascimento.
E esta dor do renascimento persegue deixa-me paralisada deixo de querer ser capaz porque dói demais dar forma a uma alma fragmentada... dar forma a um pó tão fino espalhado ao vento.
Silvia Lourenço, muito obrigada pelas suas palavras.
Fiquei melhor ao saber que pelo menos alguém, ainda que virtual, me entendeu.
Um grande OBRIGADA!
PR

Unknown disse...

Olá PR,

fique sabendo que os seus textos também me ajudaram e que também eu tenho imensa dificuldade em explicar aos outros, sem ser tomada por louca :-), como é possível sentir-se a morrer e simultâneamente a renascer... Fico sempre na dúvida se isto é um exclusivo meu ou se acontece também
com outras pessoas comuns, que passam por estas dores, mas que apenas não sabem exprimi-lo... Fico contente por saber não estar sozinha :-)! Sem querer maçar muito passo-lhe um texto que escrevi há algumas semanas e que define a minha luta diária:


"Esta manhã, em conversa com dois amigos discutia-se um assunto completamente trivial. Ambos discordavam de mim... acabei por aceder e responder - "ok é o meu lado optimista a funcionar..."

Imediatamente, um dos amigos intervenientes na conversa , com a ironia que o caracteriza, respondeu - "com esse teu optimismo todo vais parar ao céu quando morreres..."

Confesso que, durante segundos, gelei com esta resposta e as deduções que podem delas ser retiradas... Mas rapidamente e sem pensar muito, obtive a resposta na ponta da língua - " quando morrer não sei para onde vou, na pior da hipóteses para lado nenhum...Mas uma coisa é certa, enquanto aqui estiver não vou escolher o inferno para
viver! (há dias em que conseguimos dizer alguma coisa de jeito... :-) !)

De facto são a nossas atitudes e a forma como encaramos a vida que determinam se vivemos, aqui na terra, mais perto do céu ou do inferno...

Oxalá a vida, que já me mostrou o seu lado cruel, me permita acreditar nisto por muitos e longos anos. Se vou para o céu ou não, não é propriamente um assunto que me tira o
sono... mas sim como me posso afastar, aqui nesta vida, do inferno..."

Anónimo disse...

Teresa Lourenço,
"Se vou para o céu ou não, não é propriamente um assunto que me tira o sono... mas sim como me posso afastar, aqui nesta vida, do inferno..." , é também a última das minhas preocupações. A vida não fará sentido se não conseguirmos viver um pedacinho de céu aqui nesta dimensão da matéria.
Acredito também que a única oportunidade para fazermos algo pelos outros e por nós é aqui e agora.

Deixo um forte abraço a uma pessoa diferente especial, alguém que foi meu amigo sem nunca ter visto o meu rosto alguém que faz anos hoje.
A um sacerdote anónimo deixo este tributo, o meu sincero carinho.
Parabéns.

PR

Anónimo disse...

A morte... Fiquei com as pernas bambas e a garganta seca... Acho que so quem passa pela perda de um ente querido compreende tudo o que foi dito antes... Nao e facil, nao e para entendermos mas e uma fase de sentimentos contrarios que temos que atravessar. Se por um lado tudo parece uma ilusao, a dor e a saudade torna a perda real... Ainda hoje sinto a sua presença brincalhona e tento guardar as boas lembranças, a sua alegria de encarar a vida... E quando uma lagrima aparece no canto do olho, parece que me belisca, como se me ralhasse "nao e isto que eu quero, preciso de ti forte... Por elas... Por mim..." E num sopro agarro—me ao SIM que um dia dissemos juntos e continuo, pois sei que era o que me pedes e o meu dever... Revoltar—me??? Acho que nao, mas aquela tristeza fica la... Com o teu vazio... com o vazio que deixaste nos nossos coraçoes. So com a FE e a esperança que estas num lugar lindo e em paz ameniza um pouco a dor... Sei que nao te devo pedir nada... Mas confio que velas por nos diariamente. Encarar a morte e... Viver com a ausencia, na fe de deus. E com a ajuda de quem nos ama.

Unknown disse...

Há para todas as coisas um tempo determinado por Deus

Eclesiastes 3:1-8

"Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu.
Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou;
Tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derrubar, e tempo de edificar;
Tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar;
Tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar, e tempo de afastar-se de abraçar;
Tempo de buscar, e tempo de perder; tempo de guardar, e tempo de lançar fora;
Tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de estar calado, e tempo de falar;
Tempo de amar, e tempo de odiar; tempo de guerra, e tempo de paz."

Eclesiastes 3:1-8

Anónimo disse...

A lua brilha, em todo o seu esplendor, segreda-me ao ouvido coisas que só tu eu conseguiriamos entender.
Olho-a e vejo o teu doce olhar. Ela sorri e é o teu sorriso que chega ao meu coração...
Como te esqueço ou como faço para não te esquecer...
Como faço para continuar a Te amar?
Como faço?

SIRF disse...

Descobri este blog à pouco tempo mas estou a tentar ler de fio a pavio. Estou a adorar.
Infelizmente agora o meu pároco não é assim, digamos que, muito de sentimentos e de palavras que chegam ao coração. Mas ao ler estes textos lembro-me do anterior que emigrou para dar um passo na vida dele! E sinto tantas saudades. Continue a escrever palavras tão sábias.