quarta-feira, junho 20, 2007

Porque ontem sim e hoje não?

A Gina faz parte do grupo de cristãos que se baptizaram tarde. Tarde perceberam a importância de Deus nas suas vidas. Mas perceberam. O que nem sempre acontece com aqueles que se baptizam cedo. E um dia cinzento, confidenciou-me as suas dúvidas. Acho que não tenho o direito de questionar Deus. Mas hoje apetece-me. Tudo muito lindo quando me recordo dos dias em que Deus se fez presente na minha Vida. Ou fui eu que me fiz presente em Deus?! Acho que a última é mais correcta. Mas anular a primeira sinto Deus como um ser distante. Não sei. Sabe, começo a imaginar um Deus sentado numa poltrona, em que tu é que tens que te aproximar. Já não sou capaz de imaginar aquele Deus que sentia sempre ao meu lado, nas horas boas e más. Nas horas boas caminhava ao meu lado e nas horas más agarrava minha mão para me dar forças para caminhar. Que se passa agora, padre? Porque sinto isto? Hoje parece-me pura criancice pensar num Deus assim. E apetece-me perguntar se Deus existe mesmo ou será apenas uma pura psicologia?! E rezar será uma maneira de falar com Deus ou apenas uma maneira de nos convencermos que Ele existe mesmo? Se tem dias que sinto que Deus me guia e me leva por bons caminhos, porque existem dias que me deixa ao abandono? Porque ontem sim e hoje não? E afinal quem sou eu? Se eu acho que Deus me ajuda ou ajudou, porque não ajuda Ele outros que precisam muito mais do que eu? Apetece-me concluir que isto tudo não passa de pura imaginação de cada um.
Deixei que ela falasse tudo, pensasse para fora, sentisse para mim. Não interrompi sequer, porque assim ela deitava tudo para fora sem que eu a obrigasse a fazê-lo. Fazia-o como se escrevesse uma carta a Deus. Isso percebi, embora ela não o tenha percebido. Sorri sem ela dar conta também. É que questionar a nossa fé é dar passos na fé. Questionar Deus na nossa vida é sentir que Ele existe, embora possa não ser como queremos. Questionar-nos e questioná-lo é bom. Nunca questionar pode ser apenas a prova de que Ele não nos incomoda, nem para o bem nem para o mal. A prova de que Ele não conta para nós. Para a Gina conta, senão não estava ali a falar comigo e com Ele, através de mim. Estive até para deixar que a resposta viesse de dentro dela mesma. Mas achei que podia ajudá-la a procurar essa mesma resposta dentro de si.
Sabes, Gina, Deus existe, muito embora nos apeteça, muitas vezes, que Ele não exista para justificar muitas outras coisas. Ele não precisa que acreditemos que Ele existe. Porque existe mesmo sem isso. A resposta às tuas perguntas, ou dúvidas, busca-as na melhor imagem que conheço. Uma relação de amor. Imagina as tuas relações de amor. Têm os seus momentos. Bons, menos bons, maus. Mas nunca deixas, se fores verdadeira no teu amor, de amar essa pessoa. O que precisamos é de alimentar essa relação. Umas vezes a pessoa que amamos parece estar longe, ocupada, distante, estranha. Mas continua no nosso coração. Continua a dar-nos vontade de viver para a amar. O que precisamos é de alimentar essa relação. Nem sempre está como gostaríamos ou age como pretenderíamos. Mas continua sendo a mesma pessoa que amamos. Podemos não a compreender bem ou não a conhecer como gostaríamos. Mas continua sendo a pessoa que dá sentido à nossa vida, à nossa felicidade. O que precisamos é de alimentar essa relação. Imagina que Deus é essa pessoa que amas, e descobre as respostas por ti...

29 comentários:

Thinky_girl disse...

Olá!

Muito obrigada por estas palavras! Não sei como, parece que leu o meu pensamento e escreveu o que precisava de "ouvir"! Muito obrigada mesmo!
Agora já sei como lidar com algumas situações!
Tenho que transpôr este exemplo de Deus, que está sempre na minha vida, para outros assuntos que me magoam! Não apenas por Deus, mas pelo exemplo em si, em conjunto com o todo, o que faz mais sentido! Deus queria que eu lesse este post! Muito obrigada!

Bjinhos***

Anónimo disse...

Este texto é tudo o que precisava de ouvir hoje, final do dia...
para mim é como se fosse sinal de Deus, a forma como Deus encontrou para falar comigo hoje e me dar força que preciso.

obrigado
pc

Anónimo disse...

E de repente tudo se encaixa, tudo faz sentido!!
Tambem tenho muitas crises exestenciais, muitas dúvidas no percurso turbulento que tem sido a minha vida, no entanto, é em Deus que encontro as respostas...
Bem hajas Padre, pela oportunidade que me dás de me reencontrar!

Margarida

Elsa Sequeira disse...

As dúvidas são muito importantes, permitem-nos trilhar um caminho que nos leva á DESCOBERTA...
Também não vejo um Deus das horas das horas boas e outro das horas más, nem nas horas más que já foram tantas...não me lanço a orar incessantemente, nem a protestar contra Deus, eu gosto de Deus livre,e Deus é sempre livre embora haja muito boa gente que o quer aprisionado, refém dos seus caprichos e das suas vontades...eu não e Ele sabe disso, eu gosto D'Ele livre, muito livre...por isso quando as coisas correm mal, aguardo a bonança, mesmo quando sofro, sofro em paz, na certeza que Ele é comigo! Não sou muito de rezar...pelo menos na forma tradicional, as repetidas Orações põe-me a divagar e eu gosto mais de rezar a vida e na vida, porque aí encontro-o sempre!
:)

Anónimo disse...

oi confessionaro
Dúvidas! Ui! tenho tantas, é giro porque nunca falei delas com ninguém, e oportunidades já tive de sobra...acho que as pessoas se iam assustar com elas, por isso são só minhas, engraçado por outro dia ia começar a falar numa delas com um amigo e de repente ele salta com outra conversa, então retrocedi e vi que ainda não tinha chegado o momento... mas pronto, a fé está cheia de dogmas e regras e regrinhas, acho que os homens complicam o que é simples...mas, pronto, é o que temos, mas de Deus da sua existência não tenho dúvidas, por acaso nunca questionei isso, nunca senti necessidade, quanto ao resto (...)
Gostei desta reflexão, agora tenho que voltar á luta, que tenho ainda muito que estudar, e que Deus me ajude, depois logo se vê!

1 beijo
mariana

Nuno Branco, sj disse...

obrigado confessionário por mais este post :) Há dias no meu blog escrevi precisamente sobre isto se quiserem espreitar: http://toquesdedeus.blogspot.com/2007/04/no-sinto-nada.html
Bom proveito, um abraço :)

Alecrim disse...

Eu não me chamo Gina...
:)
E tb não me lembro de ter falado contigo, mas essas perguntas são as minhas...
Parece, contudo, pelos comentários, que somos muitas Ginas por aí...

Vilma disse...

Gostei imenso.
concordo quando dizes que quando não colocamos dúvidas, quando não questionamos, não crescemos.
Duvidar não é o mesmo que não crer!
E a tua resposta foi cheia de sabedoria!
Creio que ela perceberá e aprenderá a conhecer Deus de maneira muito mais intima e profunda!
DTA

Unknown disse...

nunca tinha ouvido explicaçao melhorr!!!!

obrigada pelas palavras...

Anónimo disse...

Conheci ontem este blog e já devorei quase tudo o que nele se disse, até os posts mais antigos.
Considero-me crente mas há uma resposta que ninguém foi ainda capaz de me dar: que Deus é omnipotente e omnisciente, criou tudo e sabe tudo,não ponho a menor duvida. A minha questão, é:E QUEM CRIOU DEUS!
Se alguém, teólogo ou não for capaz de me explicar, já ganhei o dia.Caso contrário sinto-me de novo nas trevas!

Confessionário disse...

Amigo,chama-se Deus a Deus exactamente porque é o ser incriado, isto é, que não foi criado. Se não, já não seria Deus. Podia ser outro ser ou coisa importante, bom, interessante, mas não seria Deus.

Anónimo disse...

Se tivermos uma flor num vaso e não cuidarmos dela, se não a regarmos, não a vigiarmos, não a colocarmos onde apanhe sol... que acontecerá?? Pois, mais tarde ou mais cedo morrerá...assim acontece com as pessoas, talvez noutro sentido, é certo, mas ainda mais se essas pessoas são crianças...a infância será sempre um período que vai marcar para sempre a vida dos futuros adultos.

Deus…
...pois se Ele não existisse...eu seria a pessoa mais fria, com mais ódio acumulado dentro de mim... com rancores, projectando vinganças... possivelmente os meus filhos, colocando a hipótese de os haver... seriam os filhos mais infelizes deste mundo...e possivelmente viveria só e sem amigos...seria este o meu retrato interior... se Deus não existisse, teria todas as razões e mais uma para ser assim...

Mas, e porque Deus existe e existiu para mim desde muito cedo...não sou nada do que hipoteticamente descrevi em cima...Quando as pessoas que deviam cuidar de me encher o coração de amor, me davam pancada, viveram fingindo que eu não existia... Jesus veio e esteve sempre comigo, e tratou de que não me faltasse aquilo de que uma criança precisa...AMOR, apenas AMOR...não é brinquedos, nem roupas de marca, nem viagens... nem nada disso...e eu fiquei olhando para Ele...mesmo que não o visse...eu sentia-o actuar em mim, eu sentia que Ele me salvava daquela mundo frio e impessoal...lembro-me de muitas lágrimas choradas na minha cama... e eu era bem pequenina...e de repente elas cessavam, sentia-me sempre protegida, amada...foi assim a minha vida inteira...por isso ainda hoje vejo Jesus como alguém muito simples, a quem lhe bastou uma túnica e umas sandálias e não foi isso que o impediu de amar, de dar amor, de dar-se por amor...por tudo isto seria incapaz de ver Jesus sentado num trono e alguém a prestar-lhe “vassalagem”...
Sempre vivi com Jesus mas longe da Igreja...por isso tenho uma fé muito peculiar, que muita gente não entende...mas não é para entender...isto é entre mim e Ele, sempre foi; Apesar de me Ter mantido praticamente afastada da Igreja até quase aos quarenta anos, tive tempo de sobra de aprofundar a minha fé, foi isso que fiz sempre, sozinha, e claro a fé e o amor unem-se e fundem-se ilimitadamente, numa perspectiva que os “adoradores de templo” dificilmente lá chegam, a minha fé é muito mais de coração do que de templo, ao jeito do Mestre que passou a maior parte da sua vida fora dos templos, e neste tempo todo que não frequentei a Igreja aprendi muita coisa, aprendi que a “casa” tem começar a ser feita dos alicerces e não do telhado, que pouco adianta ir á Missinha, porque sim, porque é Domingo...isso é um longo caminho, que eu fiz, sempre de mão com Ele, sempre na certeza do seu amor, que sempre tentei dar aos outros, e depois do caminho percorrido...quando Ele achou que estava na altura...tudo aconteceu...e hoje faço parte da sua Igreja, apesar das muitas dificuldades que isso representa, aprendi a ir á Missa, saber porque vou, porque quero ir! Tarde descobri isso...ou não...talvez na altura exacta quem sabe?
Tenho como qualquer pessoa muitas dúvidas sobre imensas coisas na Igreja, mas sobre Deus não! O seu amor foi presença constante e transformadora sempre em minha vida!

Gostei deste bocadinho (bocadão),amigo confessionário!
Luisa Oliveira

anamaria disse...

Deus é o próprio Amor...
É essa a Sua essência, é o que creio...
E o Amor não se deixa confundir, mesmo nas dúvidas mais profundas...
Quem se questiona, anda às voltas com o "incómodo" de tentar situar a esfera divina na realidade humana...
Passamos todos por isso. Alguns preferem desistir de aceitar esse imenso Amor, que os incomoda...
Outros, com dúvidas, procuram o Caminho...
Alguns, poucos, são favorecidos com a graça de uma alma simples, aquelas em que o Amor mais facilmente se instala... Uma alma de criança: tudo crê, tudo sente, tudo vê, tudo ama!
Deus a todos, mesmo todos, ama infinitamente...

Alma peregrina disse...

Caro confessionário:

A sua resposta foi excelente e disse tudo o que há de essencial sobre a questão.

Mas eu não consigo deixar de pensar no problema de outra forma...

Deus é omnipresente. Deus é omnisciente. Deus ama-nos mais do que poderemos imaginar.

Não sei até que ponto estes momentos "bons" e "maus" terão uma responsabilidade recíproca por parte de Deus e nossa.

Creio que Deus está sempre ao nosso lado, nos bons e maus momentos...

Mas nós temos uma grande incapacidade de O ver e escutar...

Nós aprendemos que temos 5 sentidos com os quais apreendemos o Mundo. Todavia, se o Mundo não se resume ao sensível, deveria existir um 6º sentido que nos permitisse percepcionar a realidade divina.

Talvez este 6º sentido seja o Espírito Santo.

Quando se deixa de exercitar um sentido, ele atrofia-se. Se uma pessoa usar uma venda durante anos, acaba por cegar.

Nós estamos tão voltados para o mundo material, para os nossos problemas, para os nossos pecados, para aquilo que consideramos que são os limites da nossa vida, que acabamos por atrofiar o Espírito Santo... e deixamos de ver Deus em tudo (porque Ele está em tudo).

Imaginem que a pessoa que nós amamos desenvolve uma cegueira e surdez selectivas para o nosso corpo e a nossa voz! Quanto não sofreríamos ao saber que essa pessoa nunca conseguiria escutar o que dissessemos ou ver o que lhe mostrassemos, mesmo que nós a quisessemos salvar de um grande mal... E quanto esse sofrimento não seria exacerbado pelo facto de sabermos que a culpa não é (totalmente) nossa nem da outra pessoa!

Talvez esta cegueira/surdez seja o que se chama Diabo...

Deus não pode investir mais na relação que tem connosco. Ele encarnou e submeteu-Se à pior morte possível e à humilhação e à solidão para nos salvar de nós próprios.

Quanto ao duvidar, nunca duvidei de Deus. Mas já houve tantas alturas que pensei: "será que está todo o Mundo louco ou serei só eu?"

Por isso é que quanto mais nos afundámos nas coisas do Mundo, mais deixamos de O sentir.

Esta é a minha opinião, mas não tem qualquer fundamento teológico, por isso talvez não tenha qualquer validade. Mas é o que eu sinto.

Cumprimentos

Confessionário disse...

Kephas, está óptimo. Gostei muito.

E é bem válida. Afinal a fé não é uma coisa do coração, daquilo que sentimos?

A teologia é só para teorizar e por em prática essa forma de sentir.
Tirando um pormenor ou outro que pode ser menos teológico, tu acertaste na muche.

Obrigado

Anónimo disse...

Eu sou ao contrario de muitos jovens de 13 anos filho de uma Gina igual a essa e que também fui batizado tarde como essa Gina. Essa Gina que me fez crescer na Fé e como pessoa.
Essa Gina fez-me antes de ela conhecer Deus, tambem muitas vezes pensar "Será que Deus existe?"
Mas no entanto na cerimônia do batizado dessa Gina Chorei de Alegria e com emoção, Finalmente tinha descoberto Deus

Obrigada Mãe!!!!!!!!
bj

Possato Jr. disse...

Olá!!!

Gostei do teu método... Deixar o outro falar tudo!

Normalmente não estamos dispostos a ouvir! Queremos logo sair pregando um verdadeiro sermão!

Em meu blog, também trato a questão do amor, baseando-me principalmente no Evangelho de domingo! Se der, passa lá!!!

Paz & Bem!!!

Zé Luiz.

Anónimo disse...

bemmm

eu sendo uma pessoa que pensei seguir a vida sacerdotal, confesso que perdi muito a minha fé.
Perdi um pai, a pessoa mais recta que conheçi até hoje, e teve uma morte dolorissima, seguidor de cristo porque é que ele teve que sofrer daquela maneira, muitas vezes abandonado pelos ditos amigos, porquê?
Perdi um filho, certo ainda na barriga da mae, e possivelmente não mais terei nenhum, muitoas vezes me questiono qual a minha fé, a minha missao neste mundo?

Muitas vezes dou por mim a tentar justificar a minha " infelicidade", tentando arranjar razão para ela, motivos fortes, que me façam ponderar, Deus é bom.

Depois dentro da igreja por onde andei, vejo gente ligada a ela que dá tão mau exemplo, é isto que a igreja é? Quando muitas vezes é de dentro para fora que vem o veneno na igreja.

afinal qual a minha missao?
afinal qual é a minha vontade de viver?
afinal onde está Deus? num mundo tao abandonado?
Deus mandará um segundo filho?

sónia disse...

Por vezes sentimo-nos assim. Com vontade de questionar tudo, com vontade de questionar Deus, de por em causa as Suas acções, de nos questionarmos porque não nos ajuda ou se existe mesmo!
Deus existe e ajuda-nos, nem beneficia mais o outro que a nós próprios! Nós é que temos em determinados momentos de melhorar a nossa relação com ele. Porque Deus lembra-se sempre de nós; nós é que temos de nos lembrar mais dele!...

um bom fim de semana!

Anónimo disse...

ao lagrimas de amor :

Tu, amigo!
Tu também, se quiseres, podes ser o Seu "segundo Filho".

escuta esta historinha:

Alguém perguntava assim a -" olha em redor. O mundo perde-se com tantas coisas injustas...
E Deus? Onde é que Ele se meteu ? Porque nos abandona assim? O que fez Ele para impedir o que é mau?
E responderam-lhe:
-" Deus fez-te a ti e a mim. "

Ni disse...

Como hei-de agradecer o facto de me ajudar a não me sentir mal?

Não sei se conheço Deus, nem há quanto tempo, mas sei que Ele me conhece, me cativa e me ama.

Houve momentos, maus, em que questionei aquilo que senti como estranha forma de amar, em que questionei como podia ser aquele sofrimento uma manifestação da Sua presença.
Um dia escrevi-Lhe uma carta, sem me aperceber que Ele colocava a pontuação.
Senti-me mal por questionar aquilo e Aquele que me tinha sido apresentado há muitos anos e que tinha deixado que permanecesse em mim.
Quando percebi que tinha sido dos momentos de maior proximidade com Deus fiquei feliz, aprendi a Ama-Lo um pouco melhor, a crescer no nosso amor e a acreditar que fazemos parte de nós.

E nós existimos sempre, nos bons e maus momentos.

(Recordei muita coisa, muitos dias... Agradeço muito a quem me ajudou a superar todos eles, que me mostrou que não estava sozinha, que me continuou (continua) a ensinar Deus.)

Obrigada à Gina... Obrigada Confessionário pela(s) resposta(s).

Maria João disse...

É importante ter dúvidas e expô-las. Aliás, acho que o que contribui bastante para que as pessoas se afastem de DEus é não poderem colocar as suas dúvidas. Até parece que DEus nos vai castigar... Não, Ele sabe que não somos perfeitos e que podemos duvidar.

beijos em Cristo

anamaria disse...

Ao lágrimas de amor:

O sofrimento é difícil de aceitar...
Às vezes, dizem que Deus dá o sofrimento na medida em que somos capazes de o aguentar... e também que, muitas vezes, sofre mais quem menos "merece"...Basta em Jesus...

Desígnios difíceis de entender...

Deus ama-o muito, decerto!

Verá que existe um sentido para tudo...Força!

DairHilail disse...

se amar fosse fácil...tudo seria mais fácil...
gostei do post, disse-me bastante, mas gostei ainda mais de sentir a pesoa que és pela forma ´como conduziste o diálogo.

Anónimo disse...

Como é importante podermos, neste espaço, partilhar as nossas dúvidas, os nossos medos, as nossas crises de fé. Para "lágrimas de amor" também eu já perdi as pessoas que eu mais amava. Em 19 meses perdi duas irmãs, casadas com filhos, de morte inesperada.Foi à 40 anos, é como se tivesse sido ontem.Minha mãe sobreviveu sobretudo porque o meu pai lhe repetia, as filhas não são nossas, Deus só no-las emprestou. Com o nosso carinho e muito amor só partiu aos 88 anos.Para o sofrimento Deus dá-nos a força de que necessitamos, o importante é acreditar e felizmente temos aqui o nosso padre sempre pronto a dar-nos pistas e força. O meu obrigada Bjs.

PDivulg disse...

De facto o nosso relacionamento com outro nem sempre é igual, com Deus também. MAs sempre que eu estique a mão ele lá está.

Anónimo disse...

Boa tarde!
Tornei-me leitora deste blog há algum tempo e hoje tive de partilhar este sentimento convosco.
Quando li este post senti que pensava exactamente da mesma forma. Sou catequista e já tinha até dado este exemplo de uma relação de amor. Quem melhor do que Ele para nos amar, se por nós deu a vida numa cruz?
De facto, penso assim mas é tao dificil para os jovens de hoje passar esta mensagem e tentar que se apaixonem...

Obrigada por este espaço para desabafar!
Uma catequista
RC

Ana Loura disse...

Sim, Duxita Alecrim, somos muitas as Ginas e como me fez bem ler este texto
Padre, Obrigada. Abraço-o, aliás retribuo o seu abraço que sinto sempre que aqui venho

Anónimo disse...

Confessionário, obrigada por este post, pois só confirmou as minhas dúvidas e respostas! :-)Alegraste-me o dia!

Beijinhos!

confissoesdeumasurda.blogs.sapo.pt