quarta-feira, março 07, 2007

E se a Confissão fosse comprada?

Partilha com colegas. Ajuda. Confissões quaresmais. Para alguns, desobriga. Não gosto desta palavra. Éramos quatro. Foi num instante, e como tal, fiquei ali, a observar as pessoas quietas, sentadas à espera de que Deus se manifestasse, digo eu. E observava Deus no altar gótico e no ar. Ele pairava por ali. Encostei-me na parede a pensar. Estava nos fundos. Assistia a tudo sem ser assistido. Diferente esta perspectiva. O colega começou a missa. Imaginei-me no altar em vez do colega, para me apreciar. Continuei incólume. Na hora da comunhão é que reparei que eu era a única cor viva presente. Laranja. Discutível. De resto, cinzas, pretos e afins. Cabelos brancos ou quase a despontarem em alva. As pessoas dispersas pelo espaço. Pouco juntas, convenhamos. É esta a Igreja que se confessa? Terminada a Missa, saímos os quatro. Quantos confessastes, perguntei a um. Uns poucos. E tu? Cinco. Hora e meia para cinco pessoas. As pessoas já não querem nada com a graça de Deus. Querem, quis crer. Foi quando me lembrei. Se fosse a pagar poderia vir mais gente. Dariam mais valor. É como as intenções de missa. As pessoas vêm para a sua missa. É como as promessas. Compra-se Deus, negoceia-se o seu jeito. Se a confissão fosse comprada, se calhar vinha mais gente. Ou não. Ou já não há pecados?! Ou consciência?!

21 comentários:

Anónimo disse...

Será que aparecem poucos porque não querem ou não devem chatear o padre?
Ou ele é tão bom como nós e para isso confessámo-nos a Deus!...
Pois é, que interesse tem o padre de "perder" o seu tempo a confessar?
Talvez os crentes já se esqueceram que o padre representa Deus neste caso Deus- Filho que amando-nos nas nossas debilidades, com a sua infinita misericórdia, nos aconselha, nos anima a percorrer o caminho do Bem que nos leva à Felicidade Eterna.Por isso, devemos estar gratos, procurá-lo pedir conselhos, orientação espiritual, colaborar nas actividades da paróquia, ganhar o treino de bons cristãos, amando todo e qualquer irmão que nos passe ao lado...
certamente teremos assim uma Igreja viva, seremos filhos de Deus , colaboradores do Seu plano de criação, bons portugueses com garra para elevar a nação!.
Por isso, vejo até na confissão um auxiliar de Deus, para me desviar de uma vida vazia, sem rumo, sem neuroses e frustações, dando menos trabalho aos médicos,ao buscar forças espirituais, junto de alguém que me dê uma penitência que me ajude a melhorar a minha conduta e a tornar os outros felizes.jocap

Ver para crer disse...

Essa é boa!
"Se fosse a pagar talvez viessem mais".
Nunca me tinha vindo à cabeça, mas é capaz de ser verdade!

euseinadar disse...

Gostei de ler, mas mais uma vez sinto que não estou em completa sintonia. Tenho é de começar a comentar os textos em que sinto essa sintonia, caso contrário ainda pensa que é algo pessoal. Em primeiro lugar felicito-o pela cor escolhida. Está na moda!
Por outro lado, a confissão é um sacramento que tem vindo a sair de moda. Claro que cada vez as pessoas preocupam-se mais com as coisas materiais, deixando pouco espaço para tudo o resto, mas alguns padres também desvalorizam a Confissão constantemente. Posso mais uma vez falar de experiência pessoal, que não é significativa estatisticamente, mas tem o valor individual.
Habitualmente confessava-me. Passado. Devia ter 18 ou 19 anos e um padre a quem me confessei, talvez sem intenção, teve uma atitude de desrespeito para comigo, mas, essencialmente, para com o local onde estava- a casa de Deus. Reflecti muito, pensei no assunto com minúcia e decidi que não voltava a passar por aquilo. E não voltei. Também não voltei a comungar, pois apesar de ter tomado essa decisão em plena consciência, admito que possa estar errado. E como fui eu parar a esse padre desconhecido? Tive de ir a outra igreja, pois o padre da minha paróquia não gosta de confessar e recusou-me duas vezes. A primeira porque depois da missa não confessava. Que passasse antes. Passei antes da missa e aí não lhe apeteceu e disse que não o fazia. E, sinceramente, não consta que ele confesse alguém. Por estas bandas é mais fácil um camelo entrar num buraco duma agulha que um crente entrar num confessionário... Estão sempre vazios! E quando se solicita o favor, só se encontra respostas mal humoradas.
Mas enfim, não me confesso nem é por esse motivo. E aproveito para colocar a questão a alguém com o seu estatuto. Se Deus está connosco sempre, se está no Santíssimo Sacramento, não seria mais indicada uma confissão "directa"? Desde que reflectisse real arrependimento. Será que tem valor ir sempre ao confessionário repetir a mesma ladaínha de más-acções sem tentar emendar uma que seja? Recitar os pecados sem sequer reflectir neles. Saber antecipadamente que se vai repetir porque "eu perdoo, mas não esqueço!"... Os moldes em que funciona a Confissão é algo que me incomoda.

Anónimo disse...

Eu não me vou confessar á algum tempo ....na minha paróquia são dois padres, que estão sempre disponiveis para confessar; a principal razão porque não vou é que eu não vejo neles Deus...

Elsa Sequeira disse...

Olá!!!
Quero começar por "..eu era a única côr viva presente.Laranja...", laranja tocou-me, porque eu também gosto muito dessa côr, e porque imaginei de facto tu, entre os outros todos, não era só a côr que era viva, senti que eras mesmo a própria vida, numa assembleia "moribunda"!
Quanto á Confissão, não acho boa ideia ser paga, já estou a ouvir as senhoras assim de uma certa idade ..."Era o que havia de faltar, ter que ir contar a minha vida ao padre e ainda por cima ter que pagar!..." ahahaha!! è que, as pessoas, segundo dizem, não têm pecados,e muitas confessam-se a Deus, esta fez-me cair da cadeira, eu não sabia e quando me disseram, perguntei-lhes porque iam á Missa (comigo é pão pao, queijo queijo)...e as ditas senhoras, responderam - que isso era diferente - Diferente??? Pois elas querem escolher os sacramentos, uns sim, outros não, conforme lhes dá jeito...e eu a pensar que era gente de Fé! :(

Muita força pa ti!
beijinhos!!!

Confessionário disse...

euseinadar, e todos os outros amigos. O padre não perdoa. Quem perdoa é Deus. Um pressuposto da confissão é o assumir que errou, que pecou, digamos. Mas depois, eu acho, é útil que se reconheça pernate alguém que, inclusive nos pode dar uma ajuda para superar esse erro ou pecado. É assim que eu vejo a confissão. tal como noutros sacramentos, se fossemos pensar que podíamos ir directamente a Deus, eram quase escusados. O melhor mesmo é dar o verdadeiro valor a cada um. Nem sempre as confissões são fáceis. Imagino que sejam mesmo difíceis. para mim tb, sobretudo se há verdadeiro arrependimento. Custa assumir. E se não custa, é porque não destrinçamos o mal do bem, a nossa consciência anda mal formada.
Há casos: eu coneço alguns. Por isso não costumo fazer perguntas durante a confissão. Nem insinuações!

Confessionário disse...

Caro anónimo das 21.30h, essa é complicada. estive mesmo para não responder. Essa tua forma de sentir é plausível e pode até acontecer a muitos. Só que, e este é o conselho que deixo, porque não rever no outro Deus?! Ele está em todos, mesmo nos mais frageis, nos mais pecadores...
Os padres são tão santos como pecadores!
Se uma pessoa não manifesta o Deus que existe em si, não deixa de ser um dom de Deus! Pensa assim. talvez ajude!

Anónimo disse...

Confessionario, mais um dia que passo por cá, como habitualmente, hoje, mais uma vez o tema toca-me bastante, porque eu apesar de ter já ultrapassado os quarenta, vivi sempre um pouco á margem da Igreja, não de Deus,emboraas coisas tenham mudado, graças a um grande amigo, e em toda a minha vida houve apenas uma Confissão em que eu de facto senti a presença de Deus, todas as outras foram banais, mas aquela não, teve profundidade, talvez por ter decorrido no final de uma noite de convívio ameno em família,talvez por ter acontecido aqui deste espaço muito meu, de onde posso ouvir o mar, talvez por ter acontecido com um amigo, e eu ter-me sentido muito mais á vontade, talvez porque decorreu ao fim de 16 anos, ou talvez porque o meu amigo é alguém em quem contemplo o rosto de Cristo? Não sei responder qual destes...Talvez - é o mais forte, mas sei que senti nesse dia uma viragem em mim, senti que Deus estava presente, com mais intensidade! depois desse dia,voltei a Confessar-me...Confissões banais...(desculpa)...que não me trazem nada de novo, o meu amigo está no estrangeiro, não voltei a Confessar-me com ele, tenho pena, mas qualquer dia está de volta!

Bj
Luisa Oliveira

Anónimo disse...

Bem...se tivesse que pagar para me ir confessar..não ía de certeza! Mas se me pagassem para ir, até ía todos os dias...eh, eh, eh

Anónimo disse...

Confissão!!!
Há poucos anos, fui num passeio ao estrangeiro onde iam alguns padres de uma determinada diocese deste país.Um dia, contaram que, durante algum tempo, em muitas paróquias da sua diocese, havia celebrações penitenciais, normalmente à noite para que todos pudessem participar. Eram celebrações vivas, participadas, com muita gente. Duravam imenso tempo e as pessoas não arredavam. Claro, havia confissão individual para quem a procurasse. O Bispo proibiu essas "absolvições colectivas" e voltou-se à antiga forma. As igrejas esvaziaram!
Por outro lado, as pessoas confundem direcção espiritual com confissão. E é pena. Na confissão o importante é a certeza que Deus me perdoa, me envolve com a sua misericórdia, me enche da sua alegria.Por isso, vou à confissão, não para colocar casos, para contestar o confessor ou para contar "vantagens". Vou porque sei que na palvra do sacerdote "Eu te absolvo..." está a a palavra do Pai, a Sua ternura por mim, a sua força que me reconstrói por dentro, a Sua graça que me chama a ser mais, a sonhar mais, a seduzir-me para a esperança.
Se quero falar, desabafar, esclarecer, aliviar... então peço ao sacerdote que me acolha em direcção espiritual. Muitas vezes, não preciso que me diga muito, mas que me oiça!
Penso que seria óptimo que distinguíssemos estas duas realidades: confissão e direcção espiritual e a altura em que se precisa de uma ou de outra.
Depois a confissão como ela está parece não responde às exigências deste tempo. A confissão é importantíssima; o modo como é celebrada é que precisa de ser revisto. Isto de confissões em série, sem tempo nem ambiente (estilo as famosas "desobrigas")é chão que deu uvas...

Nuno disse...

Eu acho que as pessoas começam a não saber distinguir o que é ou não pecado e, por isso mesmo muitas vezes se ouve dizer: "eu não tenho pecados".
Mas esse será, certamente, o maior dos pecados. Sabemos que a Confissão é exigente, seja para quem administra o Sacramento, seja para aquele que precisa de se humilhar diante de Deus para, com arrependimento, pedir perdão pelas falhas cometidas. E aí é que está, no meu entender, o problema. "Quais as milhas falhas?"
Por outro lado, não sei se será uma questão de atribuir um estipendio ao sacramento da Penitência (embora tb pense que muitas vezes as pessoas já não querem nada oferecido, porque disso desconfiam: então o melhor é pagar! Afinal já não seria uma novidade. Olhemos para a História da Igreja...)
Mas penso que faz falta criar nas pessoas a consciência de que todos somos filhos de Deus e que, como tal acontece com o filho que quando se porta mal pede desculpa ao pai, aquele que peca, enquanto filho de Deus, pode e deve reconciliar-se com o Pai, para que com ele se sinta em paz.
Às vezes vejo a confissão como uma terapia, mas esta não se paga e não precisa de fármacos. O melhor remédio é mesmo o arrependimento e a oração!

disse...

As pessoas perderam a noção de pecado!
Não veem o Padre como uma mediação para Deus e deste modo tornam-no dispensavel!
Fazem tipo, uma confissão directa a Deus!
É o que me diz o pessoal da minha idade: "O que é que o padre tem a saber da minha vida! E confesso-me a Deus!"

Isto é um erro... mas é o que acontece por aí...

Onde começa o pecado e onde ele termina!

As pessoas não sentem peso de consciência por fazerem isto ou aquilo!
Desde que não matem nem roubem!!! Não se sentem como pecadores...

As confissões a pagar???
Já tinha ouvido essa em algum lado. as pessoas iam dar mais valor!
não me parece que a coisa vá por aí!

A verdadeira questão está na consciencia de pecado! Ela deixou de existir!
A questão é que o povo deixou de ver o padre como uma mediação de Deus!

abraço

Hadassah disse...

não foi há muito tempo que comentava noutro blog que as pessoas preferem pagar, quanto precisam de auxílio, em vez de buscarem a ajuda gratuita de Deus e a salvação da graça em Jesus. Isto a propósito de uma "suposta" loja de "ajuda espiritual", que exibia na vitrina uma lista de serviços espirituais, em que se icluía "purificação da alma"!, e ao lado um autocolante do Multibanco... há que experimentar ... comecem a instalar o pagamento dos serviços religiosos e já agora com serviço multibanco e vão ver as igrejas a crescer ... lol

Anónimo disse...

Ontem foi dia de confissões na minha paróquia. Igreja cheia de gente para pedir perdão, seis padres a “despachar” perdões... Não sei se foi por ser a última...mas foi isso mesmo que senti...despachar perdões. Tenho a certeza que o padre nem ouviu metade da minha confissão. Enquanto me humilhava tentava meter na minha cabeça que não era necessário ele ouvir a minha confissão, apenas que Deus a ouvisse...mas custa estar ali, olhar para o padre e perceber que ele está ali mas nem me ouve. Enquanto eu falava ele gesticulava com os outros padres. Também só quero o perdão...os meus pecados está Deus “careca” de saber!

Sílvia disse...

Olá... desta vez atrevo-me a comentar porque é um assunto que me levanta também bastantes questões.
Se fosse a pagar??? Nem a pagar as pessoas apareceriam para se confessar. Primeiro porque as pessoas realmente não têm conscieência dos seus "pecados", olham para as suas vidas e para as suas acções como sendo tudo normal... e sem mal nenhum... para ninguém... Segundo... lamento, mas a forma como os confessos se fazem é absurda. Não há ninguém que lhe para o padre como representante de Deus (na hora de assumirmos os erros... atacamos a todos... como se todos fossem piores que nós.... A relação que existe nesse momento (tão difícil para quem tem de assumir os seus erros)é muito fria. Não há uma relação de proximidade, uma relação de acolhimento e de confiança. Muitas vezes estamos a confessar-nos a pessoas que nunca vimos antes. Parece-me que a solução passaria por transformar este momento em algo mais "informal", como se fosse uma conversa entre amigos, onde as palavras vão saindo livremente.
Em terceiro, há quem já acredite que pagando compra o perdão de Deus. E essas pessoas não tiram essa ideia do nada... ficom com essa ideia porque o tal "representante de Deus" lhes diz que estamos na quaresma e que por isso há que pagar pela expiação dos pecados.
Assim, não vamps conseguir convercer ninguém... nem eu fico convencida!

Mafalda disse...

Dei de caras com este seu texto e resolvi escrever-lhe umas linhas. «Chocou-me» o seu pessimismo, ou antes a sua perplexidade. Infelizmente, a pouca prática deste sacramento é um facto inegável. Porventura, ingenuamente, acho que as pessoas procuram cada vez mais a graça de Deus. Parece-me é que todo o problema passa pela falta de conhecimento que alguns de nós temos sobre este sacramento. Tem razão que há afastamento. As pessoas têm medo, acham que vão ser julgadas. É absolutamente banal , hoje em dia, época do new age, ouvir uns dizer que mais vale falar directamente com Deus ou que sendo os padres homens como nós, a coisa não vale a pena… Parece-me urgente passar a mensagem que o sacramento da reconciliação não é ir «despejar» pecados», não é limpar a consciência .É ter a graça de receber a graça de Deus. Isso é que é importante. É eu ter a possibilidade de me redimir do que fiz mal, menos bem ou o que for, perante a pessoa que serve de «intermediário» e que me concede a graça divina. É tão bom ter um Padre que nos escuta, um ombro amigo, que não julga, que sorri e que no fim me faz continuar a acreditar que ainda há quem se preocupa gratuitamente, quem se oferece, quem acredita na verdade, no caminho e na vida!!!!!
Só mais uma coisa: Deus nosso Senhor não quis saber dos pecados. Preocupou-se sim, com os pecadores. Gosto muito do seu blog. Obrigada por acreditar.

Confessionário disse...

Geralmente só comento para explicar algo ou para responder. Mas, Mafalda, pelo que escreveste, não posso deixar de dizer quanto gostei de ler.

Gostei muito. Obrigado

euseinadar disse...

Compreendo bem que a confissão necessite, tal como outros sacramentos, de um "mediador". Mas, como já aqui referiram, ir descontar uma lista de pecados em troca de uma outra lista de orações é algo que não compreendo. Por outro lado, seria muito mais compreensível encotrar alguém que nos acolhesse e nos ouvisse e desse o mesmo perdão. Não sei se chamaria a isso orientação espiritual ou confissão... Mas tornar-se-ia, na minha opinião, mais perceptível. E certamente há quem o faça deste modo e viva todas estas coisas com verdadeira alegria. A dificuldade é encontrar alguém assim.

Anónimo disse...

O dia em que for compreendida a grandeza e a imensidão do Amor de Deus assim como a Sua misericórdia e perdão, talvez haja mais gente a salvar-se, não por si mesmas, mas pelo Único que tira o pecado do mundo!

joaquim disse...

Não creio que Jesus Cristo na Sua passagem pela terra, enquanto Homem, "andasse a perder tempo".
Assim, se Ele instituiu a Confissão, (Jo 20,22-23), foi porque sabia que tal Sacramento era imprescindivel para o nosso caminhar na Sua graça.
Tenho para mim, que se nos confessássemos "directamente" a Deus, muito fácilmente a nossa consciência haveria de escolher o que era e não era pecado.
O problema, penso eu, é vermos no Sacerdote apenas o homem que ele é, e não vermos nele, naquele momento a Pessoa de Cristo.
Por isso mesmo, algumas pessoas não se confessam ao seu Pároco, porque "ele não tem nada que saber da minha vida".
Um dia disse aos meus catequizandos do 10º ano, que Deus concedia a graça aos Sacerdotes, do "esquecimento" dos pecados que ouviam.
Não sei se será assim e nunca o perguntei, mas se o fiz foi apenas na certeza que tenho que quando me confesso, me confesso a Jesus Cristo na pessoa do Sacerdote.
Com certeza haverá, infelizmente, Confissões "apressadas", em que o "penitente" quase sente que não foi ouvido, que não recebeu uma palavra de conforto e exortação, mas o importante e único, a meu ver, é o perdão que recebemos por graça de Deus, para as nossas vidas.
Estou de acordo que Confissão e Direcção Espiritual são coisas diferentes, mas não deixa de ser imprescindivel, a meu ver, que o Sacerdote ajude o crente na sua Confissão, quer a colocar-se perante as suas fraquezas, quer perante o perdão e a sua vida futura.
Quanto ao pagamento, compreendo a "provocação" e respondo: «Recebeste de graça, dai de graça».
Obrigado porque com este texto nos fizeste reflectir no Sacramento da Confissão.
Abraço em Cristo

Confessionário disse...

Joaquim, eu costumo esquecer!!!
Às vezes até me indagam sobre a confissão anterior... e... não lembro, não fixo. Não faço esforço por recordar. Até mesmo quando há um assim mais "estranho" ou "sensacionalista", eu esqueço, não misturo com a pessoa.
Imagino que seja assim com todos os colegas... Nunca pensei nisso. mas imagino que seja!