quinta-feira, fevereiro 25, 2021

on-das [poema 303]

Se eu falar contigo como falo com as ondas 
Podes dizer-me que és o mar, e eu acredito 
Que vais e vens escondido no meio da espuma.
 
Mas se eu não ouvir a tua resposta, deixa-me, ao menos, escutar 
O barulho das ondas por mim a entrar

4 comentários:

Anónimo disse...

Acreditar só pelo ouvido, exige fé, mas "entrar pelo mar adentro" às escuras, é um ato heróico. É a fé neste grau, na noite escura da alma, que nos leva a dar o salto para o coração do Pai. Gosto da imagem da criança dentro duma casa em chamas. Da janela, sem nada enxergar por causa do fumo, grita pelo pai pedindo ajuda. De baixo da janela o pai diz: atira-te meu filho, eu estou aqui para te apanhar. Mas a criança diz: não te vejo, nao sei onde estás. E o pai repete: mas eu vejo-te a ti e isso basta. Atira-te sem medo e confia que vais cair nos meus braços. Pela fé a criança atirou-se, confiando que os braços do pai estavam à abertos à sua espera e assim salvou-se de morrer devorada pelas chamas. Deus vê e isso nos basta!

Anónimo disse...

tb gosto muito dessa história da criança que confia no pai.
E hoje estou assim a precisar de ouvir as ondas do mar...

Anónimo disse...

Eu também gostei da história e peço a confiança da criança para poder esquecer o risco e entrar 'mar adentro" ao encontro do abraço do Pai.

Ailime disse...

Boa tarde Senhor Padre,
Poema sublime!
O Amor do Pai que acolhe sempre os seus filhos amados.
Ailime