sábado, fevereiro 10, 2018

Os pássaros [poema 171]

No espaço entre um pássaro
E outro pássaro está
O tempo de um voo
Que os separa e une
Que os religa e afasta

No espaço entre um pássaro
E outro pássaro está
O vento que passa
O espaço, essa coisa que está
Entre um ser e outro que é
Para que possam ser,
Para que possam voar,
Livres, como pássaros,
na possibilidade de serem mais
Pássaros

O espaço entre dois pássaros
É o que os liga à vida de pássaros

4 comentários:

Anónimo disse...

sera pássaros ou vida de pássaros...
“O vento é sempre o mesmo, mas sua resposta é diferente em cada folha. Somente a árvore seca fica imóvel entre borboletas e pássaros”
― Cecília Meireles
ch m

Anónimo disse...

Fecho meus olhos,
me sinto um pássaro
na beira de um penhasco
Liberdade de voar
O vento bate no rosto
Apenas um pássaro
sentindo a leveza do corpo
Plainando
Um medo invade
a chuva molha,
misturando-se as lágrimas
que teimam em rolar
Apenas um pássaro
Sem pousa
Sonhando
Lutando com a saudade
mostrando que há
alguém em algum lugar

Anónimo disse...

O pensamento é como uma gaivota..
Livre a voar.

Por isso vivo a voar..em meus pensamentos.
Vôos rasantes..
Infinitos..
Distantes.
ch m

francisco disse...

Senti neste poema o vislumbre da ligação do Céu e da Terra durante a missa e a litúrgia que ajuda a exprimir e viver esse espaço e tempo.

"Veio, então, outro anjo com um turíbulo de ouro e deteve-se junto do altar. Deram-lhe muitos perfumes para oferecer com as orações de todos os santos, sobre o altar de ouro que está diante do trono. E, da mão do anjo, o fumo dos perfumes subiu diante de Deus, juntamente com as orações dos santos." (Ap 8, 3-4)