sábado, fevereiro 14, 2015

Gostava de ter os melhores paroquianos do mundo

Gostava de ter os melhores paroquianos do mundo. Aqueles que não incomodam, que não criticam, que não se queixam, que não pedem coisas sem sentido ou que sejam difíceis de conceder, que sabem rezar e rezam, que conhecem bem a Deus, que possuem uma grande fé.
Gostava de ter os melhores paroquianos do mundo. Quase como se fossem de outro mundo! Sim, porque ao procura-los, não os encontro neste mundo. E se os houvesse assim, porque precisariam de mim? E que dizer do meu desejo de que os outros fossem os melhores quando eu não o consigo ser?
Ainda bem que os meus paroquianos não são os melhores do mundo, porque também não têm o melhor pároco do mundo. Ainda bem que eles precisam de mim, assim. Como eu preciso deles, assim. Ainda bem que podemos caminhar juntos.

7 comentários:

Anónimo disse...

Oh que bonita declaração de amor no dia dos namorados!
Gostaria muito de fazer parte desse grupo seu de paroquianos que o senhor padre namora!

Anónimo disse...

Espectacular!
Mais que um texto, é oração!
Um grande abraço.

LPS

Anónimo disse...

Que reviravolta.Sempre supus que o Sr. Padre chegasse a falecido sem se enrabichar pelos seus paroquianos mais difíceis. Sim, aqueles mesmo muito chatinhos, birrentos, queixinhas e com uma fé medíocre, com quem sempre me senti solidária, por ver neles a minha cara chapada. Aqui está o milagre que faltava para a canonização de S. Valentim! Boa sorte, ao colectivo.

Anónimo disse...

Ainda bem que podemos caminhar juntos.
Que bom e bonito, o sr. Padre gostar que os seus paroquianos precisem de si e o sr deles.
O querer caminhar junto deles é um sinal de humildade e perceber que é um deles,salvando as devidas diferenças, pois cada um precisa de coisas diferentes, mas que assim se completam.
Só é pena que nem todas as pessoas consigam ver isso.
Este texto merece nota máxima.
Bjs

Confessionário disse...

16 fevereiro, 2015 11:04

Atenção que eu tenho certeza de que neste caminho juntos continuarei a rabujar de muitas coisas deles... é como dentro do matrimónio em que no amor e na caminhada de amor nem sempre se entende tudo e se quer aceitar tudo! lol

SN disse...

Impossível não rabujarmos uns dos outros. Faz parte. Não é fácil, nada fácil, mas haja Amor.

Ferreira Carvalho disse...

Mas de vez em quando também há que impor respeito, afinal quem é que veste as saias aí? :]