terça-feira, fevereiro 03, 2015

barco à vela [poema 41]

Fazem ruído as velas,
Mas não são elas.
É o vento
A movê-las
Numa dança de advento.

Falam as velas
Mas não falam delas
Falam do vento.

4 comentários:

Anónimo disse...

Fazemos nós também algum ruído
Porque falamos por elas.

O que nos move não é vento é certeza é sentimento na tal dança de advento.

Falam quando silenciamos o ruído, não são velas, são palavras, a estas não as levará o vento.

Feliz dia.

Anónimo disse...

ó 04 fevereiro, 2015 09:06, será que leste o mesmo que eu?! Eu vi no "vento" Deus na pessoa do Espírito Santo; e nas "velas" vi cada um de nós na espera messiânica, que agitados pelo vento não devemos falar de nós, mas do vento.
Tenho razão, Conf?

Anónimo disse...

"barco à vela"

"Fazem ruído as velas
Mas não são elas."

Pois, as velas somos nós, que devemos de vez em quando fazer "ruído" para que as nossas vidas tenham algum movimento, e que esse vento leve esse barco a bons portos.
Que não sejam simples palavras, que essas leva-as o vento...

Anónimo disse...


Vela por mim à beira de um rio sem barcos
Deixa-me amortalhar o cansaço do florir da roseira
Nos meus pulsos corre a noite serena, mas vi um rio
E só quero jazer entre margens, sem barcos nem velas
Tremeluzir no templo, enquanto me velas.