segunda-feira, setembro 15, 2014

Dias da cor da noite [poema 23]

Há dias assim
Da cor da noite
Dias que parecem noites
Dias que não são dias
Daqueles que vão mas não voltam
São dias que vão e voltam
Como a noite chega ao final do dia

São os dias em que me faltas
Ou estou órfão de Ti

7 comentários:

Anónimo disse...

Hoje tive um dia assim... não vejo a hora de conseguir adormecer para que o amanhã chegue...

A cada dia o seu mal.

SL

Anónimo disse...

Ele sempre esteve Presente, apenas não o podes ver, mas Ele está aí, é preciso ultrapassar-se para O ver. Deter-se em si mesmo é um obstáculo.

Anónimo disse...

Bom dia,
Muito bem, é mesmo isso, "há dias assim",
Pode ser que hoje não seja.

Anónimo disse...


É mesmo assim!...
Quando falta o Senhor, os dias são mesmo sem cor. Mas é também nesses dias que a nossa Fé deve ser mais forte...
Nunca seremos órfãos com um Deus Pai como é o nosso.
Boa tarde amigo.

Anónimo disse...

lindo

Anónimo disse...

Apesar da noite...

Há uma tendência em apenas Te encontrarmos nas palavras que nos agradam, nos comportamentos coerentes connosco e com a nossa própria vontade e o nosso gosto. Muitas vezes é em nós que nos detemos, e não vamos para além de nós desvendando que Tu estás ali. Que Tu continuas ali, apesar da noite, apesar do véu que por vezes nos colocam à frente. Não é para que não Te vejamos, é para que não nos vejamos… é preciso trazer a noite, para nos descentrarmos de nós. Quantas vezes Tu estás aqui, mas é a nós que vemos, não Te olhamos efectivamente, cremos que continuarás a fazer-nos companhia… Mas não… quando a sombra passa a nossa aflição qual é?
É a perda da comodidade e do controlo? É o lugar que se torna desconfortável e que nos faz reacomodar? É o facto de Tu pareceres não estar ali? Mas Tu estás ali… porque é que não nos ultrapassamos para percebermos que estás ali? Se nos centrássemos menos nas nossas necessidades de apreciação, de reconhecimento, nas nossas necessidades de avaliação positiva de nós, seria mais fácil passar à frente… seria como uma luz que ilumina as trevas, e então a noite ter-se-ia feito para que Te víssemos melhor… mas não, é em nós que nos detemos… quantas vezes apenas vislumbramos o Teu reflexo através de nós, porque é para nós que olhamos? Quantas vezes Te descortinamos através do nosso espírito que flutua com os acontecimentos diários? Não, Tu És estável, Tu estás lá… O que é que nos impede de arrancar o véu da escuridão? Tu estás lá, e desejas esse olhar, desejas essa súplica, desejas esse arrojo de Amor. Ah a noite, aprendo a amar a noite, que me eleva o olhar a Ti, essa Tua forma delicada de me amar, os Teus olhos têm algo para me dizer, para contemplar, e eu sorrio na noite…

PR disse...

E tal como há dias assim, há vidas que se parecem com as horas do teu poema.
Essas vidas passam, vão e não voltam...
Todo o desamor que lhes assistiu à chegada acompanha-as ao longo do percurso... não há retorno.

"São os dias em que me faltas
Ou estou órfão de Ti"
Se digo que me faltas assumo que Te conheci!!!... Onde estás?
Sim... onde estás?
Se estou órfão de Ti... Quem sou eu agora? quem fomos nós afinal?