sexta-feira, maio 01, 2015

sementeira [poema 53]

Semeia-se nos campos o vento
Fruto lhe nasce a tempestade
O barqueiro não chega, soprou
Outros ventos nasceram ali
Cobre-se a terra, ela amainou
O barqueiro chega, não mais voltou

2 comentários:

Anónimo disse...

Pois se os frutos foram de tempestade, só resta colhê-los. Aqui não há escolha: a colheita é sempre fruto da sementeira. Estes frutos têm de ser deitados fora para que não se tornem em semente e se multipliquem ainda mais.
Em seguida há que limpar a terra e esperar pela ocasião de lançar boa e nova semente. Certamente que o sabor da colheita futura será extraordinário, porque o fruto será bom e porque ficaremos espantados com a generosidade da terra.

Anónimo disse...

"O barqueiro chega, não mais voltou"
Verdade, chegamos sempre aonde nunca mais voltaremos.