domingo, abril 12, 2015

Amas-me, Senhor?

Amas-me, Senhor? Amas-me como sou, tão pobre, tão frágil, tão pecador? Amas-me sem condições? Sem me exigires que seja santo? Que seja modelo? Sem me obrigares a ser o melhor padre que gostarias que fosse? Sem me exigires uma fé perfeita? Amas-me mesmo quando eu não te amo ou to não sei demonstrar? Amas-me mesmo quando te magoo ou te desiludo? Amas-me quando te volto as costas e quando não quero o teu amor? Amas-me mesmo quando não mereço o teu amor? Amas-me mesmo quando ninguém mais me amar? Amas-me mesmo quando eu já não tiver forças para amar? Amas-me, Senhor, como sou?
Dia da Divina Misericórdia

22 comentários:

Anónimo disse...

Que lindo Padre...
parabéns amei sua poesia.

Anónimo disse...

No mais íntimo do meu ser sei que sim, mas às vezes vem a incerteza e a dúvida...o deserto.
O pior é que o às vezes não é tão às vezes, tem sido muitas vezes. Isso distancia-me Dele e essa distância magoa-me.
Mas Ele está lá à espera que façamos o caminho de volta. Ama-nos como só Ele ama e não no nosso modo de amar.
Por isso anseia e espera que voltemos sem exigir, sem mandar: Amor Incondicional

Ferreira Carvalho disse...

Não posso responder à grande pergunta, mas creio que posso afirmar que nós, que o lemos aqui, o amamos muito!

Anónimo disse...

"Amas-me, Senhor?"
Sim Ele ama a todos, a todos sem distinção.

Ele constitui a génese de toda a criatura logo tudo existe de igual forma n'Ele.

Compreendo desta forma porque acredito que o amor de Deus pouco tem a ver com sentimentos, terá mais a ver com o facto de SER...

"Amas-me, Senhor, como sou?"

SIM!


Anónimo disse...

Anónimo 13/ABRIL/2015

Deus ama a todos sem distinção, mas ama mais uns que outros. Não querendo entrar em concursos, ouvi dizer que mesmo entre os discípulos, havia um que era o predilecto. Por acaso, foi o único presente na crucificação.

Anónimo disse...

Não quero ser desmancha-prazeres: Ele amar, ama, e é misericordioso, mas estreita é a porta e apertado o caminho que leva à vida e poucos há que a encontrem…

Confessionário disse...

13 abril, 2015 12:14

Não sei se és a mesma pessoas dos dois comentários neste mesmo horário, mas queria acrescentar ou responder algo a ambos:

Na verdade a porta é estreita e apertado o caminho, mas penso que nem nessa hora Ele nos deixa de amar; a questão não estará tanto se existe ou não esse seu amor misericordioso, mas se nós o quisemos ou não.

Em segundo lugar, queria dizer-te que tb não me parece que Ele ame mais uns que outros. Nestas coisas imagino sempre um pai que ama indistintamente os seus filhos, mas ama como cada um precisa, e a relação que tiver com cada um dependerá não só da forma como ele ama, mas da correspondência que cada filho lhe tem.

Anónimo disse...


Confessionário,
Por estranho que te possa parecer, quase que foste ao encontro dos meus pensamentos, no teu comentário. Também pensei no amor de um pai para com um filho, quando escrevi o meu segundo comentário. Só acho que o amor misericordioso de Deus, não pode ser pretexto para nos deitamos à sombra da bananeira. E por vezes, é. Falo por mim, claro está. É um amor que convida à reciprocidade e é na resposta que lhe dermos que radica a predilecção.

Anónimo disse...

"a relação que tiver com cada um dependerá não só da forma como ele ama, mas da correspondência que cada filho lhe tem.

Também vejo as coisas desta forma.

A "posição" d'Ele é o AMOR a nossa é que pode variar.

"havia um que era o predilecto" e " foi o único presente na crucificação." esse Pedro foi talvez o exemplo de uma adesão sem reservas a Jesus.
Jesus o rosto "visível" desse Deus que ama o santo com a mesma intensidade que o pecador.

"mas estreita é a porta e apertado o caminho " Pessoalmente acho que a porta nem é estreita nem larga, terá o tamanho que cada um quiser.
Acredito que mudar o que nos rodeia é relativamente simples, difícil mesmo é mudarmo-nos a nós mesmos.
A partir do momento em que nós mudados tudo o que nos rodeia muda.

Anónimo disse...

Quando escrevi o 2.º comenta´rio não, o 1.º (está trocado, mas percebe-se).
E obrigada, tinha-me esquecido de agradecer a atenção.

Anónimo disse...

Deus é amor.
O Amor de Deus é infinito, é misericordioso, sem qualquer distinção.
Então como é que Deus não te há-de amar?
"imagino sempre um pai que ama indistintamente os seus filhos, mas ama como cada um precisa, e a relação que tiver com cada um dependerá não só da forma como ele ama, mas da correspondência que cada filho lhe tem"
esta frase "responde" a todas as tuas "perguntas" (que não são perguntas).
E responde-me a mim também, pois eu Amo Deus, à minha maneira, mas amo mesmo, não imagino a minha vida sem Ele, e ás vezes ainda o desiludo tanto..., mas sei que Ele é o MEU DEUS

Confessionário disse...

13 abril, 2015 14:30
Só uma precisão: não foi Pedro, mas João que era o discípulo amado

Confessionário disse...

13 abril, 2015 14:28
Sim, não nos podemos deitar á sombra da bananeira... mas mesmo na nossa fragilidade (isto é, quando nos sentamos à sombra da bananeira) que faz Deus?!

Anónimo disse...


Espera pacientemente, que despertemos do nosso torpor...? O amor é paciente... tudo espera, tudo suporta, nunca perece... Mas esse é o amor de Deus para connosco. Não sei se isso basta. Somos finitos e o tempo esgota-se.

Anónimo disse...

Então Padre, uma pergunta.
Se Deus ama os filhos indistintamente, como cada um precisa e se achas que a relação que Ele tem com cada um desses filhos dependerá da forma como cada filho Lhe corresponde, como explicas as muitas vezes em que Ele parece amar mais aqueles filhos que não Lhe ligam nenhuma e vivem como se Ele não existisse?

Confessionário disse...

13 abril, 2015 17:12

Dizes bem: "parece"...

Além disso, não somos nós que ditamos as necessidades, mas Ele. Explico ainda melhor: não é o estares mais perto ou mais longe Dele, que dita as necessidades, mas tu em ti mesmo com as tuas necessidades

Anónimo disse...

Claro que ama, que remédio não é ?
Que pode Deus fazer, já fez os filhos, agora estão feitos, só lhe resta ama-los com todos os seus defeitos e feitios.

Anónimo disse...

Bom dia,
Pedro, Tiago, Mateus, Marcos, ou o amado João, a ideia era realçar a firmeza da nossa adesão à Palavra que Deus Materializou em Jesus.

"não somos nós que ditamos as necessidades, mas Ele. Explico ainda melhor: não é o estares mais perto ou mais longe Dele, que dita as necessidades, mas tu em ti mesmo com as tuas necessidades"

Na minha opinião Ele não dita necessidades, nem nós estamos próximo ou longe estamos "mergulhados" envoltos por Ele, por vezes não temos a noção de que este Deus que a todos se dá de igual forma está sempre presente em todos os tempos em todas as épocas.

E se:
Aquele que anda em busca do nosso coração é Jesus é apenas porque Ele se completa em nós e nós n'Ele.

E se os seus olhos procuram os justos por toda a face da terra, se os seus ouvidos estão atentos à nossa oração, é também porque Ele faz da nossa oração a sua própria oração.

Ainda que não o sintamos não se pode separar o Criador da Criatura uma vez que a reunião dos dois elementos atrás referidos se dá em, cada um que veio a existir.


Bruno disse...

Da minha experiência pessoal, a resposta a todas é a mesma e até vem na Bíblia (embora a situação em que é mais conhecida, talvez seja na boca de Pedro) "Sim, eu amo-te".
Já passei por algumas situações em que me sentia "indigno" dEle e mesmo nessas alturas não me sentia abandonado, mais do que isso, sentia-me amado. Se calhar até me senti mais abandonado noutros momentos, com aqueles pensamentos do tipo "agora que estou a fazer as coisas direitas é que me começa tudo a correr mal?"
O Amor de Deus é... "estranho" (à falta de melhor palavra) porque tem sempre como meta o nosso bem a "longo prazo" e nós gostávamos de o sentir sempre no agora.

Confessionário disse...

Bruno, para sermos mais precisos: a passagem de que falas referindo-te a Pedro, tem mais a ver com a resposta de Pedro e não de Jesus!

ab

Bruno disse...

Sim, eu sei disso. Aquilo que queria dizer, e que talvez não tenha explicado bem, é que apesar de a Bíblia estar cheia de passagens em que Deus diz "eu amo-te" a frase mais conhecida acaba por ser a de Pedro (que, se não me engano, só o disse uma vez em triplicado após a Ressurreição) e não qualquer uma das inúmeras vezes em que Deus o diz (amo-te como o marido ama a sua esposa; amo-te como uma mãe/galinha ama os filhos; etc.). É um daqueles casos em que quem conhece a Bíblia de forma mais superficial vê mais o Deus que exige do que aquele que ama.

Confessionário disse...

Bruno, agora entendi melhor