sexta-feira, fevereiro 14, 2014

Eu sou do contra

Há pessoas pelo mundo fora que são do contra, vivem do contra e sem o contra não são nada ou são pouco. Vivem para mostrar como são do contra. Muitos deles dedicam-se a escrever ou a comentar e usam o que lhes vier à cabeça para mostrar que são contra. Porque se assim não fosse não seria assunto. Quem é que gosta de ler textos ou vidas que assumidamente sejam sempre uma ratificação do que se disse ou fez?! O que é mesmo interessante é ser do contra. Basta recordar como sobrevivem alguns programas de televisão denominados reality-shows. Quem for mais do contra mais conta. Há gente que vive com o contra e sem ele não eram sequer tidos na devida conta.
Falo isto porque já cansa tanta gente que é contra isto ou aquilo da Igreja, que é contra isto ou aquilo do Papa, que é contra aquilo que a Igreja fez ou faz, que é contra os malfadados padres. Ora bolas, mas se não gostam, se não concordam nem querem nada com estas coisas, como afirmam desmesurada e despudoradamente, porque ocupam tanto tempo das suas vidas com elas?
É caso para dizer que ser do contra está na moda. É caso para dizer, embora não queira ser autor da afirmação, que estamos na época do contra. Porque nos é permitido dizer tudo o que nos apetece, bora lá fazer uso desta possibilidade, mesmo que seja sem dar a cara. Ou então damos a cara para que todos saibam do poder que temos porque somos do contra. Afinal, se posso ser do contra, porque é que havia de não ser coisa nenhuma?
Quer-me parecer que há muita gente pelo mundo fora a fazer vida à custa da Igreja, mesmo que seja só por ser contra ela.
E já que me é permitido dizer o que me apetece, hoje quero dizer que também sou do contra. Contra esta gente que está sempre contra.

32 comentários:

Anónimo disse...

Boa tarde,
concordo em pleno com este texto.
o que mais chateia é que as pessoas que dizem "ser do contra", na maioria das vezes nem sabe explicar porquê. Mas realmente ser do contra já faz com que seja "visto" e "comentado", porque os que não são (somos) do contra ainda perdem(os) tempo a tentar justificar porquê e isso já lhes dá alguma "importância".
Ser do contra..., não me apetece, para já.
Bjs
MM

Anónimo disse...

Bolas... não volto mais a atrever-me discordar de si...

Confessionário disse...

Anónimo de 14 Fevereiro, 2014 17:09

ahahahah, não está em causa o discordar mas o ser do contra!

Butterfly disse...

txiii amigo...acabei de ter uma conversa telefónica com uma pessoa do contra...pk simplesmente, é a forma que encontram para de uma forma ou de outra, desvalorizarem a questão ou pessoa em causa...Hoje estou contigo Padre! Sou "do contra" contra as pessoas do contra!
Fica bem...:)

xpt disse...

“mas se não gostam, se não concordam nem querem nada com estas coisas, como afirmam desmesurada e despudoradamente, porque ocupam tanto tempo das suas vidas com elas?” Não sei se falas em nome da Igreja ou em teu, mas acho que a resposta é porque certamente para essas pessoas, por exemplo a igreja ou o que seja com o que são do contra, ocupa um espaço na sociedade que também lhes pertence e que devem contestar. Talvez achem que as coisas não sejam resolvidas com um mero ignorar, mas pronunciarem-se ou combate-la à sua maneira e segundo as suas crenças. Ouço pessoas diariamente dizerem-no e se calhar têm alguma razão. Mas dizes que as pessoas que se opõem aos padres e à igreja deviam não ocupar-se deles ou dela? Isso é a atitude que a igreja gostaria no que a ela respeita? Ou és tu que estás chateado e queres ver os do contra pelas costas?

Anónimo disse...

Eu sou a favor.
De contrário, seria do contra.
Mesmo quando estou contra, sou a favor.
Do contra.
Coisa nenhuma.
Bora lá.
Ser a favor do contra.
Fazer vida
Uma moda. Com tradição.

Anónimo disse...

Caro confessionário, concordo plenamente com o que diz e mais, acredito que essas pessoas que são do contra, no dia que o "partido" delas ganhar, passam de imediato para a oposição, apenas para continuarem a ser CONTRA! :) Cumprimentos

Moçambicano disse...

Caro Amigo P.e Confessionário:

Estou totalmente de acordo.

Estou de acordo nomeadamente relativamente a:
"Quer-me parecer que há muita gente pelo mundo fora a fazer vida à custa da Igreja, mesmo que seja só por ser contra ela."
E por isso, sem querer ser "do contra" (Eheheheh), permito-me uma outra versão:
"Quer-me parecer que há muita gente pelo mundo fora a fazer vida à custa da Igreja, mesmo que pareça que não é contra ela.".

O Papa Francisco (nunca na minha vida citei tanto um Papa!), ainda recentemente disse: "Si alguno de nosotros no se siente pecador, lo mejor es que no vaya a la Misa".
E disse também:
“Me duele comprobar cómo en algunas comunidades cristianas, y aún entre personas consagradas, consentimos diversas formas de odios, calumnias, difamaciones, venganzas, celos, deseos de imponer las propias ideas a costa de cualquier cosa, y hasta persecuciones que parecen una implacable caza de brujas. ¿A quién vamos a evangelizar con esos comportamientos?”.
O Papa - e estou certo também o Amigo P.e Confessionário, quer trabalhar por uma Igreja na qual “todos puedan admirar cómo os cuidáis unos a otros, cómo os dais aliento mutuamente y cómo os acompañáis” (sic). Esta também é a "minha" Igreja. Que felizmente "sinto" neste Espaço.

Um forte Abraço.

Moçambicano

Moçambicano disse...

Espero não ter sido muito "do contra"...

E este Papa, com a sua Humildade, tem-me ajudado a tentar Crescer na Fé... o que inclui o eu sentir-me Pecador (não só na Eucaristia), mas procurar também Confiar no Amor Omnipotente e Não-Desistente de Deus.

Outro forte Abraço.

Moçambicano

Anónimo disse...

Tens a certeza de que “Afinal, se posso ser do contra, porque é que havia de não ser coisa nenhuma?” Não deve ser bem assim, é-se sempre qualquer coisa, e não coisa nenhuma, se contrariamos somos do contra, se não contrariamos somos a favor, ou fazemos como Pilatos

Anónimo disse...

Aprecio o que escreve. Já que o seu blog é do conhecimento do seu bispo imagino que será também da comunidade dos sacerdotes. Permita-me uma pergunta: quantos padres, se é que tem esse conhecimento, são contra o seu blog?

Confessionário disse...

Xpt
Eu não sou contra as pessoas que discordam, mas contra as pessoas que são sempre do contra, que não conseguem senão ser do contra, que não vêm nada de bom em nada, que são do contra para dizer mal. Nunca para construir.

Eu não quero uma Igreja imaculada porque isso não existe. Não quero uma Igreja que não seja apontada, porque eu tb nem sempre acho tudo bem ou concordo com tudo. Tb queria que muitas coisas na Igreja e nos padres fossem melhores ou fossem diferentes. Mas viver sempre do contra, isso Não.
Repara que geralmente essa gente do contra, é-o não para construir mas para dizer mal. Mesmo quando existem imensas coisas das quais abertamente poderiam e deviam dizer bem, pura e simplesmente, quanto a esses assuntos fazem de conta. Eu posso não gostar de algumas pessoas ou de algumas instituições, mas não ando sempre a dizer mal delas. Aliás, se aponto o dedo, acho que devo apontar outro com alguma ideia de um caminho alternativo ou que auxilie.

E, claro, não quero ver ninguém pelas costas, como gostaria que não quisessem ver a Igreja e Deus pelas costas

Confessionário disse...

Moçambicano, tb gostei muito da tua frase: "Quer-me parecer que há muita gente pelo mundo fora a fazer vida à custa da Igreja, mesmo que pareça que não é contra ela."
.. e realmente, ultimamente andas sempre a citar o Papa. A ver se não te esqueces de citar Deus…lol

Confessionário disse...

Anónimo de 14 Fevereiro, 2014 23:53
Na verdade o que eu quis dizer foi que na maioria das vezes é-se do contra para se ser alguma coisa, isto é, para que pareçamos ser gente. E recordo que há muita gente que não sendo do contra, não é a favor. Simplesmente não está virado nem para uma coisa nem para a outra. Ignora ou é indiferente…
Faz-me lembrar aquela: não basta não fazer mal; é preciso fazer o bem.

Confessionário disse...

Anónimo de 15 Fevereiro, 2014 00:36
O meu bispo sabe, mas imagino que não me visite aqui muitas vezes, ou melhor, desconfio que não visita. Quanto aos padres, eu nunca revelei propriamente a nenhum que era o autor deste espaço. Acredito e praticamente sei que alguns devem saber que sou eu o seu autor. Mas não lho dei a conhecer. Por isso não sei se são contra ou a favor. Mas penso que tb não não me deve preocupar a sua aprovação. Por uma questão de honestidade, contei-o ao meu bispo, mas não lhe pedi qualquer aprovação. Ele é que me pediu que continuasse. Senti que era uma aprovação. Já agora que colocaste o assunto, veio-me à ideia que nem sei se terei a aprovação de Deus. Esta foi quase a brincar, embora com alguma seriedade.
Mas sinceramente, e espero não estar a fazer juízos negativos seja de que tipo for, passa-me assim pela ideia que se calhar alguns colegas não deverão gostar muito, não. Acho que deve ser um pouco assim entre todas as classes de colegas. Mas tb quero crer que há-de haver muitos que gostarão. Já tive alguns comentários por aqui a dar conta disso. Mas tb que importa todo este raciocínio. O que importa é eu estar consciente de que este espaço faz parte daquilo que Deus sonhou e espera de mim. O que importa é eu estar bem comigo próprio nesta missão específica. O que importa é o bem que possa acontecer a alguém no meio disto tudo.

Anónimo disse...

Confessionário anónimo - nota-se que ainda fazes parte de uma parcela da Igreja que não se habituou a vozes discordantes, como se a condição e o estatuto lhe dessem o privilégio dos silêncios cúmplices, mesmo perante situações gritantes! Misturas tudo, o contra com as vozes que na busca do renovar diário do caminho com Deus buscam alcançar a perfeição e isso só se faz num diálogo contínuo que passa também por ajudar a ver muito daquilo que impede esse caminho o que obviamente leva sempre misturado a dor, a incompreensão e muitas vezes a própria negação do real! Creio que não desconhecerás a voz gritante do próprio Jesus contra as atitudes e factos dos que amava e nem por isso os deixou de amar como muitos que corrigem a Igreja e ainda assim não a deixam de amar ao contrário do que afirmas! A vida não é a preto e branco, ela leva em si muitas tonalidades! Antes de te irares com os “contra” procura escutá-los e analisar com o coração imparcial os factos que apontam, verás que muito do que por aí se diz carrega muita verdade! Eu compreendo, foram muitos anos de “tudo está bem”, mas não está meu caro e os cristãos vão amadurecendo e emancipando-se espiritualmente, negando-se a manterem-se na porta dos fundos da casa onde era usual dar uma sopa aos pobres para não pisarem os tapetes onde ainda hoje, alguns eleitos vão tomando as decisões por todos! Felizmente que esses tempo vão se extinguindo, os leigos querem fazer parte da construção da Igreja que eles formam também mas em tudo e não só na “lavagem dos pratos”!

“Irai-vos, e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira.” Efésios 4,26

Confessionário disse...

Anónimo de 15 Fevereiro, 2014 14:41

Gostei em especial da afirmação "Confessionário anónimo" que ja de si diz muito.

Quanto ao resto que afirmas, cuido que é um julgamento bastante errado. Mas é teu, e dele saberás tu e por ele responderás tu. E para o provar, bastava ler dezenas de posts que tenho publicado sobre a minha inconformidade com muitas coisas na Igreja, ou centenas de comentários que ás vezes roçam o desagradável e que publico.

E mais, repito, os "do contra" a que me refiro são geralmente aqueles que vivem para dizer mal... nao querem ver o que de bom possa haver, não querem conhecer, nem à igreja nem a Deus. Aqueles que se fartam de comentar em diversos jornais online e por ai fora com 777 pedras na mão, como se isso sossegasse o seu afastamento de Deus! Ora não deve ser a esses que tu te referes, pois não? Pensa lá

Moçambicano disse...

Não, Caro Amigo P.e Confessionário, quero ver se não me esqueço de "citar Deus"...

Só que "Deus" tem sido uma Pessoa (perdoem-me os "Iluminados" que acham que não é um Ente)que tem evoluído ao longo da minha vida.
Até pela minha história pessoal, acreditei muitos anos num Deus Omnipotente. Ainda procuro pensar que Ele, como afirma, entre outros, A T Queiruga, não é nem um "Relojoeiro" nem, pelo contrário, nem alguém que nos abandona pura e simplesmente à nossa (boa ou má) sorte/"destino".
Mas tento evoluir, como referi, para um Deus que "só sabe amar" (Amor Omnipotente). E por isso já não me importa tanto que "o Inferno esteja vazio" (Carlo Maria Martini - o "ante-Papa"), aliás, procuro regozijar-me com essa perspectiva.

Um forte Abraço.

Moçambicano

Moçambicano disse...

Peço desculpa por um "lapsus scritae":

Obviamente, queria escrever:
"(...) nem, pelo contrário, alguém que nos abandona pura e simplesmente à nossa (boa ou má) sorte/"destino"."

Caro Anónimo de 15 Fevereiro, 2014 14:41:
- O ter nascido e crescido junto de uma Igreja "do Serviço" ajudou-me desde muito cedo a ter uma postura crítica relativamente à Igreja "Poder" - e de "castas".
Pode acreditar que paguei um preço muito elevado pelo meu inconformismo, sobretudo quando era um Jovem Idealista.
Mas se por um lado lhe dou razão a Si (com "conhecimento de causa"), e apreciei a sua citação Paulina, também não esqueço que o P.e Confessionário tem publicado, no que me diz respeito, autênticos "gritos de alma", sem censuras.
Essa coragem, não a tem qualquer um.
O Reino de Deus - que é Maior do que a "Igreja-Instituição" -, precisa de Si.
Já agora, para "desanuviar", cito as palavras de um Padre do Porto: "Sem Leigos com Jeito, não há Padres de Jeito". Lol

Já que falamos em "ser do contra" e "não indicar alternativas" - que é aquilo que muit@s fazem -, ressalvo que qualifiquei Carlo Maria Martini - um "mal-amado" no Vaticano e um "Bem-Amado" nas "Bases" -, como um "AntE-Papa" (e este ano de pontificado de Francisco tem-no demonstrado). Não confundir portanto com "AntI-Papa"...

Um forte Abraço.

Moçambicano

Anónimo disse...

Também me parece que tu não encaras muito bem as vozes discordantes. Uma coisa é teres sentido crítico nos textos que dizes já ter escrito, outra é os outros terem um sentido crítico diferente do teu, e nisso tu não tens uma postura tranquila, já tive oportunidade de verificar...

Anónimo disse...

Também é facil publicar "centenas de comentários que ás vezes roçam o desagradável e que publico" sabendo e esperando que pessoas pouco criticas mas que acima de tudo desejam agradar ao padre se oponham a eles, quando a dianteira deve ser tua.

Quero ser Gente disse...

Em primeiro não existem pessoas SEMPRE do contra. Isso não existe. Assim como não há pessoas só más ou só boas. Não serás tu que te "cansas" como dizes das pessoas que do contra, por vezes, (muitas vezes, ou sempre!) contrariam a tua opinião ou postura? Pelo q disseste aí das respostas que surgem aí pareceu-me que também te referias a "escrever ou comentar" no blogue, e se "nem querem nada com estas coisas, porque ocupam tanto tempo da sua vida supostamente com o assunto? Sendo ou não o caso não fica bem deixar essa ideia no ar como subentendia. Mas isso é do menos, pior é o teu comentário: " Na verdade o que eu quis dizer foi que na maioria das vezes é-se do contra para se ser alguma coisa, isto é, para que pareçamos ser gente. E recordo que há muita gente que não sendo do contra, não é a favor. Simplesmente não está virado nem para uma coisa nem para a outra. Ignora ou é indiferente…” O que é isso para ti como padre de “parecer ser gente?” é que para mim, todos são gente embora alguns não pareçam de facto! Então tu preferes é pessoas que não sejam nem contra nem a favor? Pessoas que não têm opinião portanto. Ou para quem as coisas lhe são indiferentes… Que não tomam posição… Acho que não te consigo explicar o quanto acabaste de dizer que soa horrível. Ah, mas não sou do contra embora o possas pensar, um dia serei do contra, outros a favor, ou seria melhor ignorar?

Confessionário disse...

Vamos la a ver se nos entendemos. De facto, pode ter parecido (com aquela dos "comentários") que me estava a referir a este espaço ou aos comentários discordantes que aqui possam ir aparecendo. Não me referia a isso, pois graças a Deus os comentários discordantes têm ajudado a fazer luz, inclusive na minha vida.
Vou então contar-vos em que dia e porque motivo me "saiu" este texto. Tinha acabado de ler exactamente dois textos/crónicas de opinião de dois jornais portugueses que falavam do Papa com intenções que não me pareceram oportunas ou adequadas. Depois, por curiosidade, dei por mim a ler os comentários que vinham a seguir, e aí fiquei mesmo triste. E já não era a primeira vez que lia coisas assim. Uma coisa é dizer que há coisas mal na Igreja que deveriam ser mudadas; outra coisa é condenar, julgar a Igreja, Deus, os padres (com epítetos dolorosos de ler).
Aqui está porque escrevi este texto com o qual continuo a concordar na íntegra.
Mais, todos nos deparamos muitas vezes com gente que não consegue dizer nada de bem da Igreja, é ou não verdade? Será que a Igreja, com todos os seus defeitos, não será a Igreja de Cristo? Bem, às vezes poderá não ser. mas muitas vezes tb será.
Mais, não entendo porque é que as pessoas que possam porventura concordar comigo tenham de ser pessoas que querem agradar ao padre!!
De resto, digamos "enfim".
Eu fico e estou tranquilo. Parece é que há alguém que não ficou tranquilo com este texto. Peço desculpa, mas escrevi-o de forma genuína. E só assenta a quem de facto fizer parte do grupo do contra. Se não fazes parte deste grupo, fica tranquilo.

Peregrina Repetente disse...

Olá Confessionário;
Não fiques triste com tantos comentários "do contra".
posso dizer que há muito sei quem és e aonde estás e isso não fez diferença nenhuma para mim, gosto da maneira como escreves e o que escreves , se não dás a cara (acho muito bem) é porque se calhar é esse o motivo do teu sucesso com o blog.
bjs
PR

Anónimo disse...

Desde quando é que a imprensa deve ser levada a peito? A grande maioria das publicações visam as vendas, ou são falsas ou deturpadas ou enviesadas... não podemos dar-lhes o crédito da nossa paixão emocional.

fdfg disse...

Por vezes parece-me um cansativo braço de ferro..

Anónimo disse...

Eu sou a favor do referendo, também sou a favor dos casais homossexuais procurarem a sua felicidade. Sou contra as touradas e os circos de animais, mas sou a favor de uma lei de penalização de maus tratos a animais domésticos. Sou contra a eutanásia aprovada para crianças, mas sou a favor de que as crianças morram com dignidade. Sou contra os cortes nas pensões e nos subsídios de desemprego, mas sou a favor que se divulgue que a % de sem abrigo em Portugal aumenta na qualificação de licenciados. Sou contra as condições de implementação do negócio chinês particularmente em Portugal, mas sou a favor de que os chineses sobrevivam sem escravatura e que as mesmas possibilidades sejam dadas aos portugueses. Sou contra a exploração de mão de obra infantil para chegaram até nós roupas de conhecidas cadeias a baixos custos. Contra as paxes descabidas, mas a favor dos direitos das famílias. Contra a postura da igreja no que se refere ao trato dos casos de pedofilia, mas sou a favor da Igreja na divulgação de Cristo e no seu contributo para a dignidade humana. Sou contra centenas de coisas e a favor de outras centenas ... Vejo é que só podem ser do contra alguns, porque até para ser do contra é preciso poder sê-lo. Eu sou contra um jornalismo barato, mas sou a favor de não haver censura na liberdade de escrita…

Moçambicano disse...

Olá a Tod@s.

Como bem disse @ "fdfg", a mim também me parece por vezes "um cansativo braço de ferro".
E olhem que teimosia não me falta (é hereditára... Eheheh).

Penso que, se quisermos, esta "catarse", como muitas outras que têm ocorrido neste espaço, nos pode fazer bem a Tod@s ("Confessionário" incluído).
Tudo depende da nossa atitude - e capacidade de auto-crítica.

"Wolpe, em 1969, criou uma técnica terapêutica centrada na Assertividade.

Em primeiro lugar, há que conhecer o que predomina no nosso comportamento: passividade, agressividade ou a assertividade?

Somos predominantemente passivos, nos momentos em que temos dificuldade em dizer sim ou não a compromissos, em que deixamos de comunicar os nossos sentimentos, temos necessidade de obter sempre a aprovação e o louvor dos outros, medo de errar…

Poderemos considerar-nos agressivos, quando queremos que os outros se comportem como nós gostamos, não modificamos nunca as nossas opiniões, decidimos pelos outros, não aceitamos que podemos errar, não pedimos nunca desculpa…

Somos assertivos quando aceitamos o ponto de vista dos outros, não julgamos, não inferiorizamos ou culpabilizamos os outros, escutamos o que têm para nos dizer, somos capazes de mudar de opinião; sem permitir que nos manipulem, procuramos sempre colaborar com os outros.

É uma maravilha viver, conviver e trabalhar com pessoas assertivas! Todos podemos aperfeiçoarmo-nos nessa direcção.
Basta começarmos pela auto-observação das nossas reações e o modo como nos relacionamos com os outros.
Ao detectarmos comportamentos passivos ou agressivos treinemo-nos a mudar(nos) um de cada vez."
(NA)

Fica lançado o desafio (antes de mais a mim).

Um Forte Abraço para Tod@s.

Moçambicano

Moçambicano disse...

E uma Boa Semana!

Anónimo disse...

Passei por aqui depois de ver uma noticia que me desagradou... Um texto que fala que o atual papa é um veiculo para... mas este para não era um para o crescimento do melhor de nós mas sim um para o embrutecimento geral. O tema é antigo, muito antigo, foi mudando de forma, de pormenores mas o fundo é sempre o mesmo. E o fundo diz que a religião é o ópio do povo. Na minha formação académica aprendi que a instituição religiosa (qualquer uma) ao longo da história funciona mesmo como uma espécie de analgésico. Vamos ali (à Igreja), rezamos um bocado, e esperamos que alguém nos resolva os problemas, sonhamos com um mundo melhor e como oramos ao Domingo achamos que já fizemos mais do que suficiente. E este comportamento perpetua um sociedade que é da base até ao topo socialmente injusta. O problema é que , no meu ponto de vista, a "culpa" reside nas pessoas que optam por desresponsabilizar, uns refugiam-se num Deus que pensam conhecer e outros terão outras formas de o fazer. E estas pessoas do "contra" que publicam textos, que os replicam nas redes sociais, misturam alhos com bugalhos, misturam religião e instituição, tomam a parte pelo todo e parecem procurar pouco, de facto, Deus. Mas algumas delas , essas mesmas, que não podem ouvir falar de qualquer instituição religiosa, revelam-se como pessoas compreensivas, empáticas, carinhosas para com os outros, para com o sofrimento dos outros. E se Deus está em todo o lado e ao lado de todos, está certamente também junto a estas pessoas, que não perdem uma oportunidade para dizer mal do recente Papa , ou do ultimo pormenor escabroso da curia. Eu percebo a tristeza do padre do Confessionário, também fico triste... importam-se ás vezes com assuntos que não tem importância nenhuma... mas a minha tristeza é ainda maior ao ver o potencial social e religioso de muitas dessas pessoas ser deitado pela janela apenas porque sentem uma aversão genuína pela instituição religiosa.

Moçambicano disse...

Car@ Amig@ Anónim@ de "19 Fevereiro, 2014 11:12"

"Mas algumas delas , essas mesmas, que não podem ouvir falar de qualquer instituição religiosa, revelam-se como pessoas compreensivas, empáticas, carinhosas para com os outros, para com o sofrimento dos outros."

Será que TODAS essas Pessoas são DE FACTO "compreensivas, empáticas, carinhosas para com os outros, para com o sofrimento dos outros."? É fácil sê-lo por palavras, difícil é sê-lo por OBRAS.
Normalmente, as Pessoas que se "encaixam" no perfil que traçou são Pessoas que não tiveram, infelizmente, a oportunidade de lidar com Bons Exemplos de FÉ. Não estou a dizer que estes exemplos "abundem", até porque, no que diz respeito ao Catolicismo, à "Primavera" do II.º Concílio do Vaticano - João XXIII -, se seguiu logo um Outono e depois um longo Inverno de 50 anos... Só é pena - isto é a minha opinião -, que por vezes não se perceba que o Papa Francisco está, no meio de uma delicada "gestão de sensibilidades", a tentar, num autêntico "tour de force", a tentar recuperar essa "Primavera". Caramba, o Papa é um Homem finito como nós...

Um forte Abraço.

Moçambicano

Moçambicano disse...

@s VERDADEIR@S Humanistas, sejam el@s Teístas ou não Teístas, não se criticam mutuamente, pois procuram, pese embora por "caminhos" diferentes, um OBJECTIVO COMUM (o que é muito mais importante) - O Bem da Humanidade.
E por isso estão disponíveis para CRIAR PONTES.
Como disse um famoso Filósofo agnóstico ao Cardeal Martini (que criou em Milão a "Cátedra dos Não-Crentes"): "A Humanidade não se dividade em Crentes e Não-crentes, mas sim em Indiferentes e Não-indiferentes."

Em memória do meu Amigo Dr. José Dias da Silva (+ Julho 2013), Irmão de Tod@s.

Moçambicano